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UFMT inova em trazer a arquitetura indígena para o currículo

UFMT- http://www.ufmt.br
22 de Mar de 2016

A partir do semestre acadêmico de 2016/1, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) está ofertando a disciplina optativa de Arquitetura Indígena Brasileira, ministrada pelo professor e pesquisador José Afonso Portocarrero, que é também coordenador do Núcleo Estudos e Pesquisas em Tecnologias Indígenas (Tecnoíndia).

"Inicialmente, estavam previstas 20 vagas para a disciplina. A procura foi surpreendente, 30 alunos manifestaram interesse em se matricular. Os dez alunos que não puderam assistir às aulas agora ficaram em uma lista de espera para o próximo semestre letivo. Sem dúvida, é um marco para a UFMT, pois esta disciplina é pioneira no País", assinalou Portocarrero.

Na ementa, estão presentes desenhos de habitações indígenas brasileiras. Aulas expositivas e de campo também estão previstas na carga horária, que ocupa um semestre integral. Uma dessas aulas de campo aconteceu na última sexta-feira (18), em que os alunos foram à área verde do Câmpus de Cuiabá, em um exercício prático de construção de abrigo com materiais naturais.

"Por meio de saberes e técnicas tradicionais indígenas, e emprego de matéria-prima natural, as edificações podem ser mais frescas durante o dia, de forma eficiente e sustentável", prosseguiu o pesquisador, reconhecido nacional e internacionalmente pela atuação em arquitetura indígena. "Neste primeiro momento, o foco é para alunos de Arquitetura e Urbanismo, mas poderemos abrir para áreas afins, como Antropologia e Engenharias", pontuou Portocarrero.

O aluno do 9o semestre do curso, Antônio Junqueira, contou suas impressões sobre a disciplina. "Por abordar a arquitetura de maneira tradicional e com emprego de materiais tradicionais, ela deveria ser obrigatória na matriz curricular. Além disso, ela traz outras perspectivas, de fora do conceito europeu. É muito importante resgatar e valorizar as raízes e cultura regionais. Um dos materiais abordados no curso, o adobe, não gera resíduos na construção, assegurando uma obra eficiente e limpa. Está sendo muito bom conhecer outras maneiras de construir", concluiu Junqueira.

http://www.ufmt.br/ufmt/site/noticia/visualizar/27808/Cuiaba

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