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UFMG e UFBA se unem para estudar saúde de população quilombola

Ufmg - https://www.ufmg.br
19 de Nov de 2013

Acabam de ser divulgados os primeiros resultados de uma série de pesquisas sobre a saúde da população quilombola, realizadas por meio de parceria entre o Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG e o Instituto Multidisciplinar de Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O projeto COMQUISTA: comunidades quilombolas de Vitória da Conquista - avaliação de saúde e seus condicionantes consiste em um doutorado institucional, no qual os doutorandos, docentes da UFBA, são orientados por professores da UFMG. Duas teses já foram defendidas. Uma delas identificou prevalência de 45% de hipertensão nas comunidades quilombolas analisadas, localizadas no município de Vitória da Conquista (BA). A prevalência média na população brasileira varia de 19 a 36%.

A utilização de medicamentos na população mencionada foi objeto de outra tese já encerrada. Até 2014, serão concluídas pesquisas sobre a utilização dos serviços de saúde e sobre a prevalência de obesidade entre os quilombolas da região. Também estão em andamento estudos sobre depressão, oportunidade perdida de diagnóstico de diabetes, realização de exames preventivos para câncer de colo, dor nas costas, segurança alimentar, uso de álcool e autopercepção de saúde.

"Nossos resultados indicam alta proporção de hipertensão, baixa utilização e dificuldade de acesso a serviços, pequeno número de participantes que fizeram exames preventivos para câncer de colo uterino ou diagnóstico precoce de diabetes", adianta o coordenador do doutorado interinstitucional, Mark Drew Guimarães, professor da Faculdade de Medicina.

Segundo ele, a população analisada é predominantemente rural, de ancestralidade negra, constituída por descendentes de escravos, com indicadores socioeconômicos muito baixos. Trata-se, segundo Mark Drew, de trabalho inédito. "É um estudo abrangente e que utiliza de instrumental semelhante ao da Pesquisa Nacional de Saúde, em andamento no país. Existem pesquisas com níveis variados de aprofundamento e metodologias diversificadas, principalmente qualitativas", afirma.

O doutorado interinstitucional da UFMG com a UFBA começou em 2010. Além de Mark Drew, são orientadores os professores do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG Ada Ávila Assunção, Mariângela Leal Cherchiglia, Sandhi Maria Barreto e Waleska Teixeira Caiaffa; a professora Cibele Comini César, do Cedeplar/Face e do Departamento de Estatística do Icex; o professor da Faculdade de Farmácia Francisco de Assis Acurcio; e a professora da Ufop Luana Giatti, pesquisadora do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa) na UFMG.

https://www.ufmg.br/online/arquivos/030980.shtml

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