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Autor: Marcelo Raulino
14 de Fev de 2015
A Universidade Federal do Ceará poderá ser a primeira instituição de ensino federal a ter uma a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE). Projeto neste sentido foi apresentado na Câmara Municipal de Fortaleza, pelo vereador João Alfredo, criando a ARIE da Matinha do Pici. O projeto está com sua tramitação paralisada desde 2011, mas agora recebeu o apoio do reitor da UFC, Jesualdo Farias.
O diagnóstico ambiental da área foi elaborado pelos próprios professores e estudantes da UFC, segundo o professor do Departamento de Geografia Jeovah Meireles. De acordo com Jesualdo, com a ARIE, a UFC poderá integrar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, podendo realizar convênios com órgãos federais e obter recursos para a área, sem perder o domínio do terreno.
Para ele, o projeto é interessante para a UFC e não vê empecilho para que o Conselho Universitário conceda parecer favorável. De acordo com o reitor, após aprovada pelas instâncias necessárias, a Universidade irá pressionar a Câmara Municipal de Fortaleza pela votação da matéria.
A comissão técnica responsável pela proposta estava representada pelos professores Adryane Gorayeb (coordenadora da pós-graduação em Geografia), Simone da Silveira (diretora do Centro de Ciências), Jeovah Meireles e Marcelo Moro. O grupo, integrado também pelo vereador João Alfredo e assessores, conversou ainda com o procurador-geral da UFC, Paulo Antonio Albuquerque, que se mostrou favorável à criação da unidade de conservação.
O resquício de Mata do Tabuleiro, mais conhecida como "Matinha do Pici", está localizada dentro do campus da Universidade Federal do Ceará e conta com 82 hectares de vegetação nativa, localizada no entorno do Açude Santo Anastácio. Desta, 20 hectares pertencem à Mata do Pici.
O Estudo Técnico que fundamenta esse Projeto de Lei foi elaborado por um grupo de alunos e professores da Universidade. Segundo a pesquisa apresentada, a área seria um dos últimos refúgios dos remanescentes da fauna original de Fortaleza, além de estar, em grande parte, contida na Área de Preservação Permanente (APP) do açude Santo Anastácio.
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