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Autor: Carolina Menezes
06 de Fev de 2012
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) prorrogou até quinta-feira (9) as inscrições, para os povos indígenas Gavião e Tembé, ao curso de licenciatura intercultural indígena. A graduação oferta 100 vagas, 50 para cada grupo, e será desenvolvida em regime presencial e modular. Para o povo Gavião, as inscrições devem ser feitas entre 8 e 18 horas, no campus da Uepa em Marabá; para os Tembé, a inscrição será no campus da universidade em São Miguel do Guamá, no mesmo horário.
No ato da inscrição, os candidatos devem apresentar cópia do registro administrativo ou a declaração de índio expedida pela Fundação Nacional do índio (Funai) e a Declaração de Apoio da Comunidade Indígena. Os candidatos concluintes do magistério indígena ou professor indígena com ensino médio completo devem apresentar declaração original emitida pela direção da escola ou declaração de concluinte ou de egresso do magistério.
A homologação das inscrições será até o dia 2 de março e divulgada no site www.uepa.br, na Reitoria e nas escolas das aldeias Tembé e Gavião. Também a partir dessa data, o candidato deve acessar os sites www.uepa.br ou www.prodepa.psi.br/uepa e imprimir o cartão de confirmação de inscrição. O candidato que não tiver a inscrição homologada deve entrar em contato com a Uepa até 15 de março, pelo endereço eletrônico correto@uepa.br ou diretamente no Núcleo de Formação Indígena, na rua do Una, 156, bairro do Telégrafo, em Belém, de 8 às 14 horas.
O curso vai abordar os conhecimentos tratados na área de ciências humanas e sociais, ciências da natureza e matemática e linguagens e arte. Todos estarão articulados aos saberes indígenas, na perspectiva de formar professores nessas três áreas, para atuar na educação escolar indígena.
A coordenadora do curso, Joelma Alencar, explica que desde a Constituição de 1988 foi reconhecida aos povos indígenas uma educação escolarizada que respeite a afirmação e reafirmação da cultura em todos os níveis de ensino, além da presença do professor indígena na escola. Os futuros professores indígenas poderão atuar em uma das três áreas de formação, possibilitando suprir a demanda por esse tipo de profissional nas escolas indígenas.
"De certa forma, isso impulsionou a oferta da licenciatura intercultural indígena nas universidades brasileiras. Todo esse processo foi uma conquista do movimento indígena, que começou na década de 1970. Desde 2007, com a implantação do primeiro curso pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), a demanda é crescente. O Pará era o único Estado da região Norte que não oferecia o curso", diz.
Seleção -O processo seletivo específico será dividido em três etapas. Na primeira, será feita a análise dos documentos. Na prova escrita, a segunda etapa, o candidato deverá desenvolver uma redação em língua portuguesa. A terceira fase será uma entrevista. Cada fase vale dez pontos, totalizando 30 ao final da seleção. Serão eliminados os candidatos cujos documentos apresentados forem comprovadamente falsos e quem obtiver nota menor que cinco pontos na segunda etapa.
Nos dias de prova, o acesso aos locais dos exames ocorrerá das 8 às 9 horas. As provas começam às 9 horas. O candidato deve levar documento de identidade original, comprovante de confirmação de inscrição e caneta esferográfica com tinta azul ou preta.
O candidato portador de necessidades especiais que precisar de tratamento diferenciado nos dias de prova pode solicitá-lo por meio de requerimento encaminhado à Uepa, de 8 às 14 horas, com até no máximo de 30 dias de antecedência da data de início das provas. Deverão ser especificadas as condições e recursos que os atendam, acompanhado de atestado médico que justifique o tratamento diferenciado e assegure as condições de a prova ser feita. As solicitações de atendimento domiciliar ou hospitalar deverão ser encaminhadas no prazo de até 24 horas antes do horário previsto para o início das provas. O resultado final da seleção sai até 31 de maio de 2012.
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