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UE lança meta de 40% de redução do efeito estufa

OESP, Metrópole, p. A21
26 de Fev de 2015

UE lança meta de 40% de redução do efeito estufa
Objetivo para 2030 será discutido durante conferência mundial sobre clima e foi considerado 'decepcionante' por organizações internacionais

A União Europeia informou ontem que vai oferecer a redução de ao menos 40% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030, durante a conferência mundial sobre mudanças climáticas, em dezembro, em Paris. No entanto, algumas organizações internacionais já consideram a meta "decepcionante".
"Vamos defender um acordo ambicioso no documento climático, que inclua objetivos a longo prazo para reduzir as emissões em ao menos 60% até 2050, sempre levando em consideração os níveis de 2010", afirmou, ontem, o comissário europeu de Ação Climática e Energia, Arias Cañete, em evento marcado para anunciar a estratégia conjunta europeia para as negociações deste ano. A UE também disse oficialmente que "perseguirá" um acordo em que "todos os países" assumam metas de redução de emissões de CO2 e definam um "processo completo de fiscalização, que seja transparente e permita revisões a cada cinco anos".
Desde já, a União Europeia se comprometeu a reduzir em ao menos 40% suas emissões até 2030, considerando os níveis de 1990. A proposta está em linha com o que vem sendo defendido pelos europeus em fóruns internacionais. "Essa decisão supõe um grande passo no caminho de Paris", afirmou Cañete. "Uma vez mais, a UE está indicando o caminho."
A proposta será oficializada no Conselho de Meio Ambiente Europeu, no dia 6, e enviada até o fim de março para a Organização das Nações Unidas. Os 28 países ainda se comprometeram a sugerir "contribuições individuais" para as reduções até o fim do primeiro trimestre.

Críticos. No entanto, a meta não agradou aos ambientalistas. A ONG Oxfam, por exemplo, afirmou que são necessários "cortes mais profundos nas emissões de gases de efeito estufa e maior financiamento para a luta contra as mudanças climáticas". Lies Craeynest, representante da Oxfam, destacou que, se a UE quer que os países em desenvolvimento, como o Brasil, se comprometam com um acordo robusto, têm de oferecer "propostas mais sólidas".
Na mesma linha, a bancada verde do Parlamento Europeu considerou, em nota oficial, que a proposta de Bruxelas é "decepcionante".
Os parlamentares pediram maior ambição para Paris, de forma a impedir que se realizem previsões de avanço da temperatura global em até 2 graus até 2100. / Com Agências Internacionais

OESP, 26/02/2015, Metrópole, p. A21

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