Ubatuba - Homenagem a Bom Jesus une religiosidade e contato com a natureza no Parque Estadual da Ilha Anchieta

Neste ano, o padroeiro da Ilha percorreu as igrejas da região centro-sul de Ubatuba e foi apresentado aos fiéis, que acompanharam a imagem até a sua chegada à Capela da Ilha Anchieta. O último sábado, 25, foi marcado pela centenária homenagem ao Senhor Bom Jesus da Ilha Anchieta. A festividade atingiu este ano, um público recorde, com a presença de cerca de 700 pessoas, vindas de diversas comunidades católicas do município, como Rio Escuro, Lázaro, Perequê-Mirim, Toninhas, Enseada e Itaguá, entre outras. A missa foi celebrada ao ar livre, no cenário paradisíaco do Parque Estadual da Ilha Anchieta e depois, os visitantes puderam aproveitar o dia ensolarado para conhecer os atrativos e os projetos desenvolvidos nessa unidade de conservação de proteção integral.

O evento foi organizado pela Associação Pró-Resgate Histórico da Ilha Anchieta e dos Filhos da Ilha (Aprhiafi), em parceria com a Paróquia Nossa Senhora das Dores, no bairro Itaguá e a Fundação Florestal, por meio do Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA). A missa foi celebrada pelo padre Inocêncio Xavier e contou com a presença do grupo de jovens, ministros de eucaristia e coroinhas das diversas comunidades. Neste ano, o padroeiro da Ilha percorreu as igrejas da região centro-sul de Ubatuba e foi apresentado aos fiéis, que acompanharam a imagem até a sua chegada à Capela da Ilha Anchieta pela procissão marítima, onde ele permanecerá até o próximo ano.

Segundo o "filho da Ilha", Edison Prado, o evento proporcionou uma experiência religiosa e ambiental marcante aos fiéis. "Foi uma celebração alegre e gratificante. Mais de 700 pessoas participaram e tudo transcorreu na mais perfeita harmonia. A conscientização ambiental também foi trabalhada com os fiéis, no sentido de respeitar as regras do Parque Estadual, dar a destinação correta aos resíduos, trazer de volta ao continente o lixo gerado, entre outras coisas."

A homenagem ao Bom Jesus da Ilha é uma comemoração histórica que era feita na metade do século XIX, em 1850, quando a Ilha Anchieta era chamada de Ilha dos Porcos. Naquela época, a ilha era um povoado da comarca de Ubatuba bastante habitada, que contava com casas, plantações, pequenos negócios, uma escola, uma capela e um cemitério. Já naquela época, no dia 6 de agosto, a Festa do Padroeiro Senhor Bom Jesus da Ilha dos Porcos era feita na mesma capelinha que existe hoje. A celebração foi resgatada graças ao movimento da Aprhiafi, formada por um grupo de sobreviventes do massacre do presídio e seus familiares

Parque Estadual da Ilha Anchieta

Com 828 hectares de extensão, sete praias, natureza exuberante e uma grande biodiversidade, a Ilha Anchieta é a segunda maior ilha do Estado e um dos principais atrativos turísticos do Litoral Norte. Além da famosa rebelião do presídio, em 1952, o local também foi cenário de acontecimentos que fazem parte da história do Brasil.

Atualmente, a ilha é protegida e administrada pela Fundação Florestal, por meio do Parque Estadual da Ilha Anchieta, que proporciona aos visitantes, um passeio cheio de encantos, mesclando o mar, a Mata Atlântica, a cultura e a história. Praias belíssimas, trilhas ecológicas em meio à Mata Atlântica, passeios pelas ruínas do antigo presídio e um dos melhores pontos para mergulho do Brasil são alguns dos atrativos oferecidos pelo Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA). O PEIA faz parte da rede de Unidades de Conservação administrada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, por meio da Fundação Florestal.

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