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Tupiniquins cobram luvas

Gazeta Mercantil, p. A1-C3 (São Paulo - SP)
Autor: RAPOSO, Márcia
31 de Mai de 1998

As etnias Tupiniquim e Guarani firmaram acordo sobre a posse da terra com a empresa Aracruz Celulose, com a condição de um pagamento de R$ 2 mil a cada uma das 277 famílias indígenas. Ao todos, os indígenas receberão da empresa R$ 11,4 milhões a serem pagos em vinte anos, para a execução de projetos de assistência, e 2.571 hectares de terra. O acordo, segundo o presidente da Aracruz, encerra conflitos com as comunidades indígenas vizinhas e dá vinte anos para a empresa manter um relacionamento com as mesmas. Se alguma atitude hostil for feita por parte dos índios, o acordo perde a validade, segundo cláusula do contrato. Além dos valores citados acima, o acordo inclui o pagamento das contas de água e luz dessas etnias por dois anos, além de assistência técnica para o manejo florestal e a compra de madeira de eucalipto plantado em parte da área cedida. A Procuradoria Geral da República, porém, não concorda com o pagamento de dinheiro diretamente aos índios, e já acionou a empresa. O Cimi, por sua vez, declarou considerar os termos do acordo frágeis e fáceis de serem descumpridos pelas partes.

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