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05 de Dez de 2016
Localizada na Dakota do Norte, a reserva indígena americana Standing Rock Sioux Tribe obteve uma vitória histórica no último domingo, 4. Após meses de embate com o governo, os membros da tribo ganharam o processo contra obras de perfuração para passagem de um oleoduto cujo trajeto cortaria a Dakota do Norte, passando pela reserva bem próximo ao lago artificial Oahe.
Abastecido pelo Rio Missouri, o lago é fonte de água potável usada pelos indígenas. Segundo eles, o oleoduto, batizado de Dakota Access, poluiria o lago e afetaria não apenas os indígenas da reserva, mas também 18 milhões de pessoas que são abastecidas pelas águas da bacia do Missouri. A causa ganhou o respaldo de várias outras tribos indígenas, além de ativistas do meio ambiente de diferentes partes do mundo.
No domingo, o Departamento de Exército dos EUA, responsável pela elaboração da rota, disse que não permitirá a perfuração do local. O órgão informou que buscará uma rota alternativa para o oleoduto. "A melhor forma de completar esse trabalho com responsabilidade e eficiência é explorando rotas alternativas para o oleoduto", disse Jo-Ellen Darcy, secretária do exército americano para assuntos de engenharia civil.
Jon Eagle Sr, membro da Standing Rock Sioux Tribe, celebrou a decisão do exército como uma vitória da tribo e das pessoas que se uniram à causa. "Eu não sei exatamente como colocar em palavras o quanto estou orgulhoso da nossa gente. E eu não falo apenas da comunidade indígena desse continente. Eu falo das pessoas que nos apoiaram. É um dia lindo", disse Eagle.
Orçado em US$ 3,7 bilhões, o Dakota Access terá cerca de 1.888 km. O oleoduto terá capacidade de transportar 500 mil barris de petróleo bruto por dia de campos localizados no oeste da Dakota do Norte até um terminal em Illinois, Centro-Oeste dos EUA.
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