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Transição agroecológica está na pauta da Embrapa

EMBRAPA - http://www.embrapa.br
Autor: Mônica Silveira
29 de Nov de 2011

Um dos desafios atuais da Embrapa gerar é conhecimentos e tecnologias que promovam processos de transição para uma agricultura mais sustentável. Para empreendê-lo, cerca de 80 pesquisadores, de 30 Unidades da Empresa, que representam todos os biomas brasileiros, participam do Módulo I, do Programa de Formação em Agroecologia, integrante do projeto Transição Agroecológica: construção participativa para a sustentabilidade, de segunda-feira (28) à sexta-feira (2), no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília.

Para enfrentar tal desafio, a idéia é avançar rumo à construção participativa do conhecimento agroecológico, de modo a integrar o saber científico e popular. Em foco, o respeito à pluralidade da agricultura familiar brasileira e os meios que contribuam para os processos locais de inovação, que gerem autonomia e bem-estar e constituam um todo nacional.

"Detemos altos índices de produtividade e também de utilização de agrotóxicos", situou o diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldir Stumpf Júnior, ao afirmar, durante a abertura do evento, que "precisamos nivelar o que estamos construindo, há vários anos, fruto da Revolução Verde, que vem dando sinais claros de esgotamento".

Arcabouço político

De acordo com o diretor, temos de ter clareza e percepção para buscar formatos que atendam aos anseios da sociedade. Ele deu ênfase à necessidade de se pensar não só na segurança alimentar, mas também em alimentos seguros. O esforço da Embrapa situa-se na busca alternativas para um arcabouço político, conforme explicou Waldir, para que o agricultor não se atire em uma aventura qualquer. Para tanto, vê como fundamental levar em conta as diferenças regionais, as diversidades dos biomas.

Para dar preço, tecnologia e aprendizado aos agricultores, a Embrapa precisa ter, conforme o diretor, projetos, ações de pesquisas continuadas. "Precisamos saber como nos projetar para os próximos anos", afirmou, ao lembrar que essa preocupação já está na pauta dos ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Agrário e que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento já começa a pensar sobre a questão.

Estratégias

O líder do projeto Transição Agroecológica: construção participativa para a sustentabilidade, Alberto Medeiros, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas-RS), trouxe uma novidade, um enfoque diferenciado, para a condução do projeto: "vamos escutar principalmente o agricultor, que tem muito a nos dizer".

Por sua vez, o secretário de Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, situou que passamos pelo momento final do ciclo de construção da política pública para a agricultura familiar. "Agora", disse, "é dar sentido estratégico aos instrumentos elaborados", como o crédito e o seguro, entre outros.

Müller mencionou providências a serem tomadas: aproximar os técnicos de extensão dos conhecimentos; fazer com que o crédito se aproprie da sustentabilidade. Para que a transição agroecológica se proceda, frisou a importância da conexão da pesquisa, geração de conhecimento, extensionismo e política agrícola.

http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2011/novembro/5a-semana/transic…

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