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Transgênicos ficam para depois das eleições

O Globo, Ciência e Vida, p. 34
19 de Out de 2006

Transgênicos ficam para depois das eleições

Por falta de entendimento, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) não votou ontem seis pedidos de liberação comercial de milho e algodão transgênicos. Estes são os primeiros processos de liberação de organismos geneticamente modificados apreciados este ano.

Os integrantes da comissão chegaram a iniciar as discussões dos pedidos, mas não houve consenso e as solicitações nem foram votadas. O assunto vai ser discutido na próxima reunião da CTNBio, em novembro. Várias empresas, como Syngenta, Monsanto e Bayer CropScience, solicitaram à CTNBio liberação comercial de sementes de milho e algodão transgênicos resistentes a insetos e tolerantes a herbicida.

Mas o julgamento na comissão voltou a provocar polêmica entre pesquisadores e ambientalistas. Em alguns casos, o pedido de liberação sequer chegou ao plenário.

No caso do milho resistente ao glufosinato foram levantadas dúvidas, como o monitoramento após a liberação e o nível de resíduos de herbicida. Para esclarecer as dúvidas, o subgrupo encarregado da análise decidiu ouvir ecologistas, o que ocorrerá no mês que vem. A CTNBio é formada por 27 integrantes entre representantes de ministérios, especialistas nas áreas de saúde humana, vegetal, animal e meio ambiente e entidades de defesa do consumidor. Para que a comercialização de uma semente transgênica seja aprovada são necessários 18 votos.

O Globo, 19/10/2006, Ciência e Vida, p. 34

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