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Terceiro maior hospital do Brasil em internações de indígenas recebe placas informativas em Guarani

G1 MS - https://g1.globo.com
Autor: Thalyta Andrade, Débora Ricalde,
01 de Fev de 2024

As placas foram instaladas desde a recepção do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) até os demais ambientes de livre circulação.
Por Thalyta Andrade, Débora Ricalde, g1 MS e TV Morena

01/02/2024 16h19 Atualizado há 4 dias

O terceiro maior hospital do Brasil em internações de indígenas, Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), instalou em todo ambiente de livre circulação placas informativas em Guarani.

O hospital é responsável por atender mais de 13 mil indígenas Guarani Kaiowá e Terenas que vivem nas aldeias Jaguapiru e Bororó. Em todo o estado são mais de 116 mil indígenas, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além das placas, outra medida para facilitar a comunicação com os pacientes é ter em sua rede de colaborados 15 profissionais da saúde que tem conhecimento do idioma guarani, atuando principalmente no momento de fazer a tradução durante o atendimento.

"Nós percebemos que eles se sentem mais à vontade, eles conseguem passar pra gente a necessidade que eles tem e o que realmente eles estão sentindo. Até a dor, para ele falar para a equipe ele não fala, se for um interprete, um técnico de enfermagem ou um residente eles conseguem falar e dizem também a intensidade dessa dor", explicou Rosimayre Viana Nascimento é enfermeira especialista em saúde indígena e membro do comitê especializado que atua no HU.
Para o hospital, foi fundamental ter essa comunicação mais próxima e o olhar mais atento as necessidades dos povos originários.

"Colocar nós, profissionais de saúde, num entendimento de saúde da perspectiva dele, isso é muito importante. Essas coisas precisam ser feitas como foi, na perspectiva deles, do que eles acham importante para o atendimento deles", garantiu o superintendente do HU-UFGD, Hermeto Macario Amin Paschoalick.

Para o técnico de enfermagem indígena o respeito pela identidade dos indígenas faz toda a diferença. Da etnia Guateka, que é a união entre Kaiowá e Terena, Leoson Mariano atualmente na Aldeia Jaguapiru, também em Dourados, e é o primeiro indígena concursado do hospital.

"Quando a gente sai da nossa aldeia para vir buscar um atendimento é uma alto defesa nossa se calar. A gente fica mais fechado e mais quieto por conta de todo o preconceito que a gente sofre. Então eu fico muito contente porque a gente vê que essa inclusão que o HU tá fazendo pode ser o começo de muitas outras inclusões que o nosso povo precisa para que tenham acesso e atendimento digno daquele serviço que ele procura", finalizou.
Veja acima o vídeo em que Leoson agradece pela inclusão, em Guarani.

https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2024/02/01/terceiro-…

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