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Tecnicos retiram oleo da Baia

JB, Cidade, p.A14
30 de Abr de 2005

Técnicos retiram óleo da Baía
Responsável pela ferrovia, Vale do Rio Doce informa ter limpado 90% do local
Técnicos da Fundação Estadual de Estudos do Meio Ambiente (Feema), da Superintendência Estadual de Rio e Lagoas (Serla), do Ibama, e da Ferrovia passaram o dia trabalhando na limpeza da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, na Baixada Fluminense. A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), responsável pela operação da ferrovia onde ocorreu o acidente, informou ontem que 90% do óleo derramado já foram recolhidos. De acordo com o assessor de gerenciamento de risco da empresa, José Geraldo Azevedo, três empresas foram contratadas para trabalhar na limpeza das margens dos rios e fazer barreiras para evitar a expansão do vazamento.
Apesar das barreiras de contenção, o diesel se espalhou por áreas importantes de manguezais e de desova de caranguejos. A FCA tem, a partir de ontem, prazo de 48 horas para retirar todo o óleo que atingiu a reserva, sob pena de ter que pagar multa diária de R$ 100 mil, conforme determinação judicial.
A Justiça determinou ainda que a FCA preste atendimento às famílias dos pescadores prejudicadas pela poluição.
- Também estamos atendendo a população local. Algumas pessoas tiveram de ser atendidas em hospitais devido ao cheiro do óleo derramado. Por conta disso, estamos com ambulâncias na região para suprir emergências. Ontem distribuímos cerca de 1.200 cestas básicas às famílias de pescadores-disse José Geraldo Azevedo.
A empresa também informou que já foram retirados os vagões tombados no local do acidente.
Mais de 60 mil litros de óleo diesel vazaram dos vagões de uma composição da
FCA que descarrilou dentro da única área preservada no entorno da Baía de Guanabara, na última terça-feira. A falta de estrutura da empresa, na prevenção dessa forma de acidente ambiental, acabou sendo criticada pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone.
Ele disse também que o ministério avaliará o histórico de acidentes ambientais da companhia para analisar se ela está em condições de continuar operando no transporte desse tipo de produto. Com Folhapress

JB, 30/04/2005, p. A14

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