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24 de Nov de 2010
A coordenadora do Projeto Urbal III no Paraná, Marilene Giachini, e mais 13 técnicos dos territórios Vale do Iguaçu e Caminhos do Tibagi estiveram na Comunidade de Ribeira Alta, na Espanha, participando do processo de capacitação transnacional com o objetivo de conhecer a realidade da região, composta por três estados espanhóis: Alicante, Valência e Castellón. A missão paranaense visitou propriedades rurais, onde se cultivam frutas, parques tecnológicos e unidades processadoras de vinho.
Os paranaenses foram recebidos por Maria Rosalia Sebastiá, presidente da comunidade de Ribeira Alta, que concedeu aos visitantes o título de embaixadores da Ribeira Alta. A visita faz parte da segunda etapa do projeto, que é a parte técnica do processo de capacitação. A parte teórica foi iniciada em junho deste ano com 30 técnicos do Estado, sendo 15 de cada território. Eles estão sendo capacitados para atuar diretamente junto aos produtores para que eles possam aderir a projetos de geração de renda e de promoção social, incentivados pelo projeto Urbal III nos dois territórios.
Foram visitadas as propriedades que cultivam laranja, unidades de processamento de caqui, de vinho e parques tecnológicos, modelos que podem ser instalados no Paraná. Segundo Giachini, uma das questões básicas foi constatar na prática as boas práticas de execução que foi demonstrada pelos técnicos europeus na teoria. Os técnicos paranaenses vão estruturar unidades demonstrativas nas propriedades escolhidas, que servirão de capacitação dos agricultores. Eles também vão organizar a criação de cooperativas para viabilizar a comercialização da produção.
A comunidade de Ribeira Alta homenageou o Paraná com a instalação de uma nova sala em suas dependências que foi denominada "sala Paraná". Em contrapartida, foram presenteados pelos paranaenses com uma bandeira do estado que foi colocada na sala Paraná.
Outra capacitação feita pela missão paranaense foi na área de turismo. Na comunidade está sendo executado um projeto para o desenvolvimento do turismo rural para difundir a gastronomia local, reforçando a cultura, a natureza e a etnologia como produtos de turismo. O projeto incentiva a gestão turística, formação para a qualidade, a especialização dos destinos turísticos, investimentos em equipamentos e infraestrutura, além de desenvolver a marca, a comercialização e a difusão do turismo na Ribeira.
URBAL III - O projeto Urbal III foi concretizado em junho, por acordo de cooperação técnica e financeira, e prevê investimentos de 535 mil euros da União Europeia em projetos de criação de emprego e geração de renda em áreas deprimidas do Paraná. Desse total já foram aplicados 135 mil euros e o restante deverá ser aplicado até o final de 2011, quando será encerrado.
O projeto prevê a transferência de tecnologia e de conhecimento para projetos de geração de renda em áreas rurais que estão em situação de desigualdade e envolve o governo do Estado, prefeituras, universidades, sindicatos de produtores, entre outras entidades.
No território Caminhos do Tibagi, onde a execução do projeto Urbal está mais adiantada, serão implantadas oito unidades de referência em produção de mel e derivados. Uma dessas unidades, que terão toda a infra-estrutura de produção, será instalada dentro de uma comunidade quilombola. Todas as propriedades produtoras de mel serão georeferenciadas para evitar a contaminação pelo uso de defensivos químicos de outras propriedades.
Já foi criada a cooperativa de produtores que vai viabilizar a instalação de uma unidade de processamento de mel, onde as mulheres dos produtores vão aprender a beneficiar os derivados de mel junto com produtos de panificação, para dar oportunidade de emprego e geração de renda na região.
O mesmo trabalho também será desenvolvido com as comunidades indígenas naquele território. A intenção é aproveitar o artesanato e a técnica desenvolvida pelos índios para ser transformado em embalagens dos produtos que serão comercializados pela cooperativa. Para isso, o projeto prevê a contratação de um designer que vai orientar e capacitar mão-de-obra da comunidade indígena no aproveitamento dos materiais para as embalagens.
No território Vale do Iguaçu, serão criadas unidades demonstrativas para capacitação de produtores de leite e uva para produção de vinho.
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