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Técnicos de Brasília vêm investigar caso de índia

Diário de Cuiabá
14 de Fev de 2008

Cinco técnicos do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde estão em Mato Groso para apurar as circunstâncias da morte de uma adolescente indígena de 15 anos. Ela morava em uma aldeia no município de Juara, a 664 quilômetros de Cuiabá, e existe a suspeita de ter sido vítima da febre amarela.

A Secretaria Estadual de Saúde, através da assessoria de imprensa, disse que o motivo da vinda dos técnicos deve-se ao fato da jovem viver em uma aldeia indígena, território de responsabilidade do governo federal. Os cinco pesquisadores devem emitir relatório vacinal e epidemiológico. A intenção também é verificar outras suspeitas na região e ouvir a população que morava no entorno da aldeia.

Os exames que devem esclarecer a morte ainda não ficaram prontos. A sorologia da vítima foi enviada no início de janeiro para o Instituto Evandro Chagas, no Pará. O resultado deve ser divulgado nos próximos dias. Outro caso do Estado também investigado é de um morador de 42 anos do município de São José dos Quatro Marcos, no sudoeste.

Ontem, a procura pela vacina contra a febre amarela nos postos de saúde era grande em Cuiabá. A expectativa é que a corrida fique mais intensa com a chegada das 140 mil doses enviadas anteontem pelo Ministério da Saúde para o Estado. De manhã, a maioria dos centros de saúde e policlínicas já fazia a aplicação da vacina. Não havia grandes filas, mas alguns aguardavam para ser imunizados.

Um dos que conseguiu foi o estudante Ricardo Oliveira, 20 anos, que tão logo soube da chegada das doses, procurou o centro de saúde Várzea Poupina, no bairro Dom Aquino. "Os casos que vêm ocorrendo em Goiás e agora com a confirmação do primeiro em Mato Grosso preocupam e a melhor forma de prevenir a doença é vacinando", disse. A unidade recebeu 100 doses, de acordo com a enfermeira Agda Botelho.

Para as policlínicas do Planalto e do Verdão foram enviadas 500 doses cada. Porém, no Planalto a vacinação estava prevista para começar às 14 horas. A notícia, no entanto, não animou a aposentada Nazaré de Oliveira e Silva, 66 anos, que esteve na unidade buscando informação.

"Eu já sou vacinada. Vim saber se tinha para avisar a minha filha, que ainda não é imunizada", disse. "A gente liga ou vem aqui e sempre dizem que a vacina acabou", reclamou.

A gerente da unidade, Sueli Andréa da Silva, explicou que, para organização do serviço, são aplicadas 50 doses por período (matutino e vespertino). Nazaré de Oliveira disse que ficou ainda mais preocupada em função da confirmação do caso de febre silvestre em Mato Grosso. O resultado dos exames do trabalhador rural de 65 anos, de Novo São Joaquim (485 quilômetros de Cuiabá) deu positivo para a doença. A vítima morreu no dia 3 de fevereiro, em Mineiros (GO).

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