O Globo Online
31 de Jan de 2008
PORTO ALEGRE - O incêndio na Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul, está perto do fim. O coordenador da Brigada de Incêndio, Amilton Fernandes Souza, estima que 90% do incêndio. De acordo com Souza, os ventos que ajudavam a alastrar o fogo acalmaram, facilitando os trabalhos de combate aéreo e terrestre.
Cerca de 80 homens trabalham no Taim com o auxílio de dois aviões Hércules e de dois helicópteros que despejam água nos focos de incêndio. Estimativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Institutos Renováveis (Ibama) indicam que a área do Banhado do Taim destruída pelo fogo é de quatro mil dos 32 mil hectares da reserva.
O fogo atinge a vegetação, apesar de ser área de banhado. Não há levantamento de animais mortos. Ninhos de aves migratórias foram bastante atingidos na reserva que fica entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, no extremo sul do estado.
Na quarta-feira, um avião agrícola começou a fazer o combate, despejando cerca de 700 litros de água por vez. O trabalho durou até o anoitecer. Antes, o combate por terra havia sido suspenso, em função das condições perigosas para as equipes, que não dispunham de locais seguros para montar acampamento no meio da mata.
O chefe da reserva, Amauri Motta, considera o incêndio e suas conseqüências uma catástrofe para a unidade de conservação. O Ibama não sabe ainda quantos animais podem ter sido atingidos pelo fogo, mas acredita que ninhos de pássaros e pequenos mamíferos tenham sido destruídos.
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