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Sudam renasce com R$ 1,5 bilhão em caixa

A Tribuna-Rio Branco-AC
14 de Out de 2003

A nova Superintendência do Desenvolvimento da Amazônica (Sudam) está renascendo. E recomeçou essa nova etapa ontem, durante audiência pública realizada na Casa da Indústria, em Rio Branco (AC), com a presença do governador do Acre, Jorge Viana, políticos da região, empresários e representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs), como o Grupo de Trabalho da Amazônia (GTA).

E a melhor notícia foi dada pelo deputado federal Paulo Rocha (PT-PA), relator da comissão especial da Câmara que trata da nova Sudam. A entidade já renasce com pelo menos R$ 1,5 bilhão em caixa para investir em negócios na Amazônia.

De acordo com o parlamentar, a meta primeira desse novo momento é acabar com a idéia de que tudo para a região Amazônica era pensado a partir de Brasília para os Estados do Norte. "Vamos inverter isso, pensando a forma de desenvolvimento a partir da gente, somente depois levando para Brasília".

Um dos grandes desafios da nova Sudam, para o relator da comissão especial da Câmara, é saber como ela tem, como organismo federal que voltará a ser, de se organizar, de tal maneira que não fique como se fosse uma entidade do Estado onde ela for sediada. "Por exemplo, a Sudam é vista como se fosse uma coisa do Pará e isso está errado", lembrou.

Outra discussão que toma conta da comissão, além da própria recriação em si da Sudam, é o orçamento inicial de R$ 1,5 bilhão, que segundo o deputado Paulo Rocha, tem de estar vinculado a um fundo, porque senão, todo ano vai ser aquela briga por uma fatia do orçamento. Ou seja, tem de estar vinculado a um fundo para poder cumprir a função que tem de exercer que é a de diminuir as diferenças regionais.

Foi um erro fechar a Sudam

O deputado Paulo Rocha é um dos que afirmam que foi um erro fechar a Sudam. Ele é da opinião de que os erros deveriam ter sido corrigidos e não acabar com uma entidade tão importante como era a Sudam para a região. "A responsabilidade de todos nós é fazermos com que tenha um controle maior da sociedade, ou seja, um controle social para que os financiamentos, que possam vir, sejam bem-aplicados e sempre fiscalizados. Se a gente conseguir organizar a Sudam, com ela atuando em todos os Estados e com um controle de toda a sociedade, poderemos usar bem esse organismo alcançando verdadeiramente o desenvolvimento da região".

Mais facilidades

A nova Sudam precisa renascer com mais controle das aplicações dos recursos, mas também oferecendo mais facilidades aos empresários. Essa é a opinião do relator da comissão especial da Câmara Federal, para quem um dos erros da Sudam foi pensar seus investimentos a partir dos grandes projetos. "Eu acho que ela tem de priorizar o pequeno e o médio produtor, o pequeno e o médio empresário, fazendo com que essas pessoas tenham acesso fácil aos investimentos que a entidade oferece".

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