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Stern: protecionismo agrícola prejudica clima

O Globo, Ciência, p. 34
05 de Nov de 2008

Stern: protecionismo agrícola prejudica clima

Soraya Aggege

O economista britânico Nicholas Stern, coordenador da mais importante análise sobre o impacto econômico das mudanças climáticas, o chamado Relatório Stern, de 2006, condenou ontem o protecionismo agrícola dos países ricos e considerou errada a aplicação de taxas ao etanol do Brasil. Para Stern, o biocombustível brasileiro é uma contribuição importante para a redução de emissões dos gases do aquecimento global.
Stern classificou o protecionismo agrícola como "analfabetismo econômico". Porém, pediu ao governo brasileiro mais empenho na proteção da Floresta Amazônica.

- É preciso derrubar barreiras agrícolas. Elas são destrutivas, poluentes e antiéticas.
Elas prejudicam, sobretudo, os países mais pobres - disse Stern, ontem, em São Paulo, durante uma palestra na sede da Fiesp.
Ele disse que o etanol produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar é muito melhor do que o americano, feito de milho (este é menos eficiente e exige plantações maiores).

- Acho um erro sobretaxarem o etanol brasileiro, bem superior ao americano. É um exemplo do protecionismo praticado pelos países ricos, totalmente inaceitável - disse o economista, ex-diretor do Banco Mundial.

O Globo, 05/11/2008, Ciência, p. 34

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