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SOS Terra

Veja, Especial, p. 86-95, 96
Autor: LOMBORG, Bjorn
24 de Out de 2007

SOS Terra
Países e pessoas agem...
...mas alguns ainda duvidam
A realidade do aquecimento global criou uma preocupação com o ambiente como nunca se viu: todo mundo quer fazer sua parte para salvar o planeta. Nesse cenário, vale a pena conhecer a lista de prioridades dos cientistas céticos, aqueles que desconfiam de previsões catastrofísticas

Okky de Souza e Vanessa Vieira

Em que planeta vivemos? Se for no planeta Al Gore, estamos em apuros. Um brasileiro que nasça hoje chegará à idade adulta em um mundo hostil e diferente, no qual restarão raros ursos-polares fora do zoológico e se poderá navegar pelas ruas do Recife, submersas pela elevação do nível do mar. Seus netos viverão num ambiente pestilento, com surtos de malária, dengue e febre amarela decorrentes do clima mais quente. Na Amazônia, com temperaturas 8 graus mais altas que as atuais, a floresta se transformaria em cerrado e estaria sujeita a incêndios de dimensões bíblicas. O que se chama aqui de planeta Al Gore é aquele que o político americano descreveu em seu documentário Uma Verdade Inconveniente, cuja dramaticidade lhe rendeu dois dos prêmios mais cobiçados que existem. O primeiro foi o Oscar, entregue em fevereiro. O segundo é o Nobel da Paz de 2007, que ele receberá no dia 10 de dezembro em Oslo, ao lado do indiano Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC). Mas será que a Terra só tem como futuro se transformar no planeta Al Gore? Talvez não.
Um grupo de cientistas, reduzido em número mas respeitável e influente, discorda da idéia central de Al Gore e do painel da ONU, que, de resto, se tornou a maior religião urbana de alcance planetário de que se tem notícia. Esses dissidentes do clima são chamados genericamente de "céticos". Uma demonstração de que os terráqueos ainda não chegaram ao consenso definitivo de que a Terra vai acabar nos moldes propostos por Al Gore é a enorme repercussão do recém-lançado Cool It, cujo subtítulo é O Guia do Ambientalista Cético para o Aquecimento Global. O autor do best-seller, o estatístico dinamarquês Bjorn Lomborg, foi eleito pela revista Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo (veja a entrevista com Lomborg).
As divergências entre ambientalistas ortodoxos e céticos podem ser sumariadas em quatro questões:
A primeira diz respeito à responsabilidade humana no aquecimento global. O IPCC afirma que a causa principal é a emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases resultantes da queima de combustíveis fósseis, que, lançados na atmosfera, aumentam o efeito estufa. Os céticos consideram que só parte do aquecimento global pode ser atribuída à ação humana. A quantidade de CO2 enviada à atmosfera pelas florestas em decomposição e pelos oceanos também contribui. A Terra passou por outros períodos de aquecimento antes da Era Industrial, e não se conhecem com certeza os agentes que os provocaram.
A segunda versa sobre se é possível amenizar o aquecimento e como isso deveria ser feito. O IPCC diz que o primeiro passo é reduzir as emissões de CO2 para a atmosfera. A seguir, é preciso aumentar a eficiência no uso de energia para queimar menos combustíveis fósseis. Os céticos argumentam que não há como frear o processo de aquecimento global nas próximas décadas. A melhor solução é investir em pesquisas para baratear energias alternativas e, no futuro, tornar a humanidade menos dependente de petróleo.
A terceira é: dentro de quanto tempo os efeitos do aquecimento começarão a ser sentidos? O IPCC diz que os primeiros sinais já estão presentes no aumento de enchentes, secas prolongadas e maior freqüência de grandes furacões. Os céticos estimam que os primeiros efeitos só serão perceptíveis dentro de 50 a 100 anos.
A quarta: qual é a severidade desses efeitos? O IPCC acha que as catástrofes naturais serão freqüentes e devastadoras. Para os céticos, os desastres serão poucos. Não será difícil para o homem se adaptar a essas alterações do clima.
Seria excelente se as respostas para todas essas divergências pudessem ser encontradas no meio do caminho entre os dois extremos. Por enquanto, isso não parece possível. Os ursos-polares estão realmente ameaçados. Um estudo prevê que, devido à retração da camada gelada do Ártico, a população desses animais magníficos estará reduzida a um terço da atual em 2050. O dar de ombros de alguns céticos, sob o argumento de que a extinção de espécies faz parte do ciclo natural da natureza, só nos enche de horror. Por outro lado, previsões catastróficas claramente infladas para efeitos propagandistas são um tiro que a ortodoxia ambientalista dá no próprio pé. Há duas semanas, a Alta Corte da Inglaterra determinou que, ao exibirem o filme de Al Gore nas escolas do país, os professores avisem aos alunos que ele é tendencioso e contém nove erros flagrantes. Entre eles está a advertência de que o nível dos oceanos pode subir 6 metros até o fim do século - contra os 44 centímetros previstos pelos estudiosos mais pessimistas. A diferença é gritante. Se o nível do mar subir 6 metros, a pista do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, ficará submersa e Botafogo perderá sua praia. Já uma elevação de 44 centímetros mal seria percebida.

Lomborg costuma levar visitantes ao Bridge Café, o mais antigo bar de Nova York, instalado no mesmo local desde o fim do século XVIII. Nesse período, o nível das águas do Rio East subiu cerca de 60 centímetros. Em lugar de alagado, o bar, que originalmente estava à margem, está agora a dois quarteirões e meio de distância do rio. Aterros sucessivos aumentaram a área seca, e a elevação das águas só é conhecida pelos registros científicos. O que Lomborg pretende demonstrar é a capacidade humana de se adaptar às mudanças naturais e encontrar soluções tecnológicas para os desastres anunciados. Em 1968, no best-seller A Bomba Populacional, o americano Paul Ehrlich vaticinou um mundo atormentado pela superpopulação e pela falta de alimentos. A população mundial de fato dobrou nas quatro décadas seguintes à previsão, mas, graças ao ganho de eficiência com a irrigação e o uso dos fertilizantes, a chamada Revolução Verde, o planeta produziu alimentos de sobra para todos. No período em que Ehrlich afirmou que a fome grassaria, as pessoas passaram a ingerir, em média, 24% mais calorias. Diante da imposição de combater o aquecimento global, as ações individuais nessa direção se tornaram uma mania. Todo mundo quer fazer sua parte para salvar o planeta, ou pelo menos manter a consciência limpa de que não está ajudando a piorar a situação. Para isso, tanto vale usar roupas feitas de algodão orgânico quanto comprar apenas alimentos que tenham sido produzidos em regiões próximas - dessa forma, não se precisou enfumaçar mais a atmosfera ao transportá-los.
Ao se tornar uma doutrina, a luta contra o aquecimento global também se tornou um instrumento nas mãos dos políticos. "Muitos deles, para conquistar a aprovação popular, fazem promessas de reduzir as emissões de gases tóxicos em seus países mesmo sabendo que será impossível cumpri-las", disse a VEJA outro cético proeminente, o economista Deepak Lal, da Universidade da Califórnia. É irônico que o ambientalismo, enquanto instrumento político, seja hoje associado ao pensamento de esquerda. No passado, era o contrário. Os comunistas, donos das fábricas mais poluentes do mundo, consideravam a preocupação com o ambiente mero capricho burguês. Só depois que o comunismo virou poeira, com a queda do Muro de Berlim, os órfãos do marxismo viram na defesa do ambiente uma forma de desafiar o capitalismo. O risco do dogmatismo no combate ao aquecimento global é o de retirar as questões do verdadeiro domínio a que pertencem -- o debate científico. Há, nesse campo, muitas dúvidas. Dá-se o nome de efeito estufa à cobertura de gases que envolve a Terra, impedindo que a radiação solar, refletida pela superfície em forma de calor, se dissipe no espaço. O mecanismo é responsável pela temperatura amena, sem a qual a vida não seria possível no planeta. O aumento nas emissões dos gases do efeito estufa, sobretudo o dióxido de carbono (CO2), resultantes da atividade humana, faz com que mais calor seja retido. Essa é a causa primária do aquecimento global.

Nada é simples quando a medida é planetária. "O clima da Terra é um sistema altamente complexo. Há variáveis que interferem na temperatura cuja atuação ainda desconhecemos", diz o climatologista americano Richard Lindzen, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). O Protocolo de Kioto, hoje desacreditado, pretende frear o aquecimento global com cortes substanciais nas emissões de CO2. Os ambientalistas dogmáticos consideram suas metas tímidas. Os céticos as vêem como inviáveis devido ao custo para a economia de cada país signatário. Os Estados Unidos, que não aderiram a Kioto, teriam de reduzir em 7% as emissões de CO2 tendo como referência os níveis de 1990. Para cumprir tal meta, o país precisaria paralisar 70% de sua frota de transportes, incluindo carros de passeio, caminhões e trens. Nas contas um tanto suspeitas da Casa Branca, isso custaria 5 milhões de empregos. O que os céticos têm a dizer sobre economia é o seguinte: reduzir os gases do efeito estufa seria muito caro e ineficiente. Melhor seria utilizar o dinheiro para preparar melhor o mundo para os efeitos inevitáveis das mudanças climáticas.
A certeza de que o planeta dispõe de tempo decorre de um argumento central dos céticos, o de que as previsões catastróficas feitas pelo IPCC não merecem confiança. O problema estaria na metodologia. Cada cientista usou seu próprio modelo computadorizado, sem se preocupar se os colegas empregavam critérios diferentes. Alguns levam em conta as condições da estratosfera, outros desprezam essa variável. O geógrafo Aziz Ab'Saber, da Universidade de São Paulo, diz: "Os modelos não levam em conta como o planeta reagiu às variações climáticas ocorridas no passado. Muitos cientistas afirmam que a elevação da temperatura e do nível dos mares vai destruir as florestas e grande parte da fauna. Entre 6.000 e 5.000 anos atrás, numa fase de aquecimento do planeta, a altura dos mares chegou a ficar 3 metros acima do nível atual. A reação do planeta a esse quadro foi um aumento da evaporação da água e uma explosão de crescimento das florestas e da fauna". O geofísico Paulo Artaxo, também da USP, um dos cientistas que integram o IPCC, admite que em climatologia as margens de dúvida são grandes. "Esperamos diminuir bastante nossas incertezas nas próximas décadas, mas, se esperarmos até lá para reduzir as emissões de carbono, pode ser tarde demais para frear os efeitos do aquecimento global", ele avalia.
Há nas palavras de Ab'Saber uma hipótese que surpreende: o aquecimento global pode ter conseqüências positivas. A civilização humana só foi possível graças ao período interglacial especialmente longo em que vivemos, iniciado 11.000 anos atrás. Um surto de excepcional calor entre os séculos IX e XIII permitiu a expansão da agricultura e o desenvolvimento das cidades na Europa. O aquecimento que se prevê para este século deve tornar vastas áreas do Canadá, da Rússia e da Groenlândia próprias para a agricultura. O que dizer dos países nos quais o aquecimento global, em vez de trazer benefícios, se traduziria em enchentes e secas? Segundo os céticos, com metade dos 150 bilhões de dólares anuais que as metas do Protocolo de Kioto custariam aos países signatários, seria possível dotar essas nações da infra-estrutura necessária para combater os desastres naturais.
Muitas das medidas seriam relativamente simples, como a construção de pequenas represas para evitar enchentes. Em vez de impor cortes radicais nas emissões de CO2, pode-se desenvolver tecnologias limpas. Os cientistas céticos criticam os relatórios do IPCC e condenam a redução abrupta das emissões de CO2 -- mas que alternativas eles oferecem para resolver a questão do aquecimento global? Basicamente, a estratégia concentra-se em duas frentes. A primeira delas é investir em pesquisas para tornar as energias alternativas mais baratas e viáveis. Só assim, segundo eles, se conseguirá diminuir a queima de petróleo e carvão, os grandes emissores de CO2. Atualmente, a produção de energias alternativas, como a eólica, chega a custar dez vezes mais do que aquela obtida pela queima de material fóssil. A segunda estratégia dos céticos para combater o efeito estufa é retomar questões que andam fora de moda desde que o aquecimento global passou a monopolizar as atenções -- a preservação dos recursos naturais do planeta, o combate à pobreza e às doenças causadas por ela.

Muitos críticos olham com cautela as previsões do IPCC devido à estrutura do painel da ONU. O infectologista inglês Paul Reiter, do Instituto Pasteur, de Paris, disse a VEJA: "Ouvimos falar que os relatórios do IPCC são fruto do trabalho de 2.500 dos maiores cientistas do mundo. Não é bem assim. Nem todos os autores dos estudos são selecionados por suas contribuições à ciência. Em muitos casos prevalecem os critérios políticos". Reiter pediu para retirar seu nome do terceiro relatório do IPCC por discordar da associação feita entre a alta temperatura e o aumento do risco de doenças como a malária. "O calor não é o fator preponderante para a proliferação da doença, já que no Ártico há mosquitos transmissores em abundância e a maior epidemia da doença já registrada ocorreu na União Soviética, nos anos 20, com 13 milhões de casos e 600.000 mortes", afirma o cientista.
O núcleo de trabalho do IPCC é formado por 450 autores principais e 800 colaboradores, que selecionam as pesquisas científicas e decidem quais delas serão incluídas nos relatórios. Os nomes que compõem os dois grupos são indicados pelos governos de 130 países-membros do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Nem todos são cientistas. Há entre eles ministros de estado e diretores de entidades ambientais. O documento final é submetido à aprovação de uma comissão de representantes dos governos envolvidos. Cada um deles tem o poder de solicitar a supressão ou a inclusão de trechos, de acordo com o interesse de seus governantes. O Brasil conseguiu incluir no texto a afirmação de que o desmatamento e as queimadas pesam menos no aquecimento global que a queima de combustíveis fósseis. A alteração interessava porque 75% das emissões de CO2 feitas pelo país decorrem de queimadas e do desmatamento. Quando consideradas apenas as emissões de CO2, o Brasil é o 16o maior poluidor. Incluindo a devastação ambiental, salta para a quarta posição. "A seleção do IPCC não distingue se os autores dos relatórios são autoridades científicas no assunto ou apenas burocratas, e isso, em certos casos, pode atrapalhar o resultado", diz o climatologista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que não fecha com os céticos e já representou tanto o Brasil quanto os Estados Unidos nas reuniões do IPCC.
Caso todas as ressalvas dos céticos se provem equivocadas, pelo menos se deve creditar a eles o mérito de reafirmar com toda a ênfase a necessidade de usar com parcimônia os recursos naturais da Terra. Os estudos sobre o aquecimento global, por sua própria natureza, encaram o planeta como uma entidade única, com suas "temperaturas médias" e com a elevação do nível "dos oceanos". Na realidade, cada grupo de cidadãos do planeta vive em seu próprio microclima, com características únicas. No dia-a-dia, quem mora na África Subsaariana está mais preocupado em saber quando virão as próximas chuvas da estação do que com as enchentes que poderão ocorrer dentro de cinqüenta ou 100 anos. A poluição que é lançada na atmosfera e aquece o mundo preocupa, mas, segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 3 milhões de pessoas morrem por ano nas grandes cidades por causa dos efeitos nocivos da poluição localizada. "Ser cético não é ser contrário ao ambiente. É zelar pelo ambientalismo de forma coerente", disse a VEJA Chris de Freitas, professor de ciência ambiental na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia.
O maior perigo imediato representado pelo aquecimento global parece ser de outra ordem: ter colocado em segundo plano nas preocupações mundiais uma série de tarefas urgentes se queremos salvar o planeta. Os oceanos estão morrendo devido à exploração excessiva de seus recursos. A pesca industrial já reduziu em 90% a população dos grandes peixes oceânicos. O consumo de água no mundo cresceu seis vezes nos últimos 100 anos. O resultado é que um terço da população mundial vive em regiões onde a água é escassa, parcela que deve dobrar até 2025. É irônico, mas a obsessão em torno das mudanças climáticas pode estar se transformando na forma errada de salvar o planeta.

Estamos assustados demais
O dinamarquês Bjorn Lomborg, da Copenhagen Business School, é o mais prestigiado dos cientistas céticos com relação ao aquecimento global. Eleito pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, ele acaba de lançar o livro Cool It: The Skeptical Environmentalist's Guide to Global Warming, ainda sem tradução no Brasil. Lomborg falou a VEJA:
Diariamente surgem notícias prevendo mudanças climáticas drásticas. Estamos diante de uma catástrofe iminente?

É claro que o aquecimento global existe e representa um problema, mas estamos assustados demais com ele. O aquecimento global é uma questão de longo prazo, com conseqüências perceptíveis dentro de 100 anos. De fato, ele pode aumentar o risco de desastres naturais, mas em proporção muito menor do que se diz.

O que pode ser feito hoje para evitar os danos do aquecimento global no futuro?

Nas atuais circunstâncias, muito pouco pode ser feito. Hoje, 13% da energia usada no mundo é renovável. Estima-se que, em 2030, essa cifra não passe de 14%. Se queremos reduzir as emissões de carbono, temos de investir em pesquisa para tornar as energias alternativas mais baratas e viáveis economicamente. Trocar as lâmpadas da casa por modelos econômicos é uma atitude louvável, mas as mudanças precisam ser estruturais. Reduzir drasticamente as emissões de carbono nos próximos dez ou vinte anos, como propõem alguns governos, é atropelar a realidade.

O senhor diz que há questões ambientais mais importantes do que o aquecimento global. Quais são elas?

Num planeta onde 15 milhões de pessoas morrem todo ano por causa de doenças infecciosas que poderiam ser evitadas, e no qual só se fala em efeito estufa, me parece que estamos invertendo nossas prioridades. Mais importante que o aquecimento é o combate à aids, à fome e à malária. Há coisas incríveis que podemos fazer agora, com melhores resultados e a um custo bem inferior ao do combate ao aquecimento global.

Que outras coisas deveriam ser feitas em vez de combater com urgência o aquecimento?

Quando um furacão atinge o Haiti, ele é muito mais letal do que quando atinge a Flórida. Isso porque os haitianos são mais pobres e têm menos condições de tomar medidas preventivas contra os danos dessas catástrofes. Se conseguíssemos romper com o círculo da pobreza e investíssemos em mais infra-estrutura em regiões carentes, deixaríamos as populações menos vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. Fornecer água potável, saneamento, cuidados médicos e educação a todas as populações pobres do mundo, segundo a ONU, custaria 75 bilhões de dólares. É metade do custo anual que os países teriam se conseguissem cumprir 100% de suas metas de cortes na emissão de carbono.

Veja, 24/10/2007, Especial, p. 86-95, 96

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