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Solteiros representam cerca de um terço dos índios, diz IBGE

Folha de S. Paulo-São Paulo-SP
Autor: Janaina Lage
13 de Dez de 2005

A maioria dos indígenas vive em união consensual, revela a pesquisa sobre tendências demográficas indígenas, divulgada nesta terça-feira (13) pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A proporção de solteiros entre os indígenas nos censos de 1991 e 2000 equivalia a cerca de um terço dessa população. Quase 60% da população indígena viviam unidos. Comparando os dois recenseamentos, houve uma pequena redução da participação de solteiros, de 38,8% para 35,5% e um aumento da proporção de unidos, de 53,6% para 55,6%.

Entre os indígenas de 10 anos ou mais unidos, quase a metade vivia em união consensual, o equivalente a 46,9% em 2000. Essa proporção corresponde a quase o dobro da encontrada para o conjunto da população, de 28,6% em 2000, e é compatível com o padrão de casamento dos povos indígenas.

A proporção de unidos no civil e religioso aumentou de 17,5% para 25% entre 1991 e 2000 e a de casados somente no civil, de 13,7% para 17,9%. As uniões apenas religiosas acompanharam a tendência geral de queda e passaram de 18,3% para 10,2%.

Os viúvos se mantiveram num patamar constante nos dois censos, na faixa dos 4% da população indígena, mas os separados, desquitados e divorciados aumentaram de 2,7% para 4,4% da população.

Segundo o IBGE, nas sociedades indígenas tradicionais, a idade de início das uniões conjugais é geralmente muito baixa entre as mulheres e, por isso, a idade média ao casar das mulheres indígenas nos censos é significativamente menor do que a do conjunto da população feminina no país. Em 1991, elas casavam 5,5 anos mais jovens do que a média nacional e, em 2000, 3,6 anos antes. Em média, a indígena casava aos 20,6 anos em 2000. A maioria dos homens e mulheres indígenas já estava casada a partir dos 25 anos.

A fecundidade das mulheres indígenas caiu quase 30% entre 1991 e 2000, quando ficou em pouco menos de quatro filhos. Grande parte do declínio se deve às residentes em áreas urbanas. Nas áreas rurais, a taxa situava-se em 2000 próxima de seis filhos por mulher.

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