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Simpósio discute interesse mundial nos geoglifos da Amazônia

Página 20 - www.pagina20.com.br
Autor: Lyslane Mendes
21 de Jul de 2010

Pesquisadores especialistas de diversas áreas participam nos dias 21 e 22 do 'Simpósio Internacional Arqueologia da Amazônia Ocidental: Perspectivas Interdisciplinares' que é realizado pelo grupo de pesquisas "Geoglífos da Amazônia Ocidental" no auditório da biblioteca da floresta, a partir das 17 horas.

O objetivo é promover um debate sobre o assunto entre os pesquisadores e interessados e divulgar para a população os estudos que já foram realizados em sítios arqueológicos na Amazônia e especialmente no Acre onde já foram encontrados 271 Geoglífos desenhos geométricos.

De acordo com o professor e pesquisador, Alceu Ranzi, o estudo dos Geoglífos pode indicar uma releitura da história que conhecemos da ocupação da Amazônia. Ele também é um dos responsáveis pela realização do evento que conta participação de pesquisadores dos Estados Unidos, da Inglaterra e outros estados brasileiros.

"O estudo dos geoglífos vieram para quebrar paradigmas e antigos conceitos, como por exemplo, o de pensarmos que a floresta amazônica era uma mata virgem, com os estudos será possível provar que para esses grupos terem construídos essas formas geométricas eles derrubaram algumas árvores e essas que estão aí é fruto de um reflorestamento natural", explica.

Ele argumenta ainda que o Simpósio coloca o Acre no centro dos estudos dos sítios arqueológicos da Amazônia e que as discussões levantadas com bases nos estudos e trabalhos realizados nos sítios podem fazer surgir uma nova história do Acre, com a fase pré-histórica.

A abertura do simpósio conta com a palestra do professo William Balée, que tem como tema "Floresta Culturais da Amazônia: Etnotânia e Arqueologia em áreas de ocupação indígena". A programação conta ainda com o lançamento do livro "Geoglifos: Paisagens da Amazônia Ocidental", organizado por Denise Schaan, Alceu Ranzi e Antônia Barbosa.

O livro reúne fotografias que foram feitas durante os cinco anos de estudos do grupo, incluindo novos desenhos descobertos na região leste do Acre, além de um mapa de localização dos geoglífos e algumas informações a respeitos dos estudos que já foram realizados.

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