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28 de Out de 2010
A criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), na semana passada, trouxe alegria e esperança para as comunidades indígenas do País que há anos reivindicavam melhorias na saúde de seus povos. Entretanto, enquanto uns comemoravam outros se preocupavam. Como o caso dos funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que trabalham com saúde indígena.
A fim de tranqüilizar esses trabalhadores, o Secretário da SESAI, Antônio Alves, se reuniu na manhã de hoje, no prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Brasília, com funcionários da autarquia. "Podem ficar tranqüilos, todos os 1200 concursados que trabalham atualmente com saúde indígena vão para a SESAI trabalhar conosco. Claro, se for a vontade de vocês", disse Alves. O Secretário também falou sobre a situação dos trabalhadores que prestam serviços para conveniadas da Funasa e que fazem atendimento aos índios. "Iremos continuar, a princípio, com os contratos. Com o tempo iremos analisar a situação de cada um para que num futuro possamos substituir por profissionais concursados. Mas isso é algo que demanda tempo", ressaltou.
Expectativa - Também presentes ao evento, lideranças indígenas de várias partes do país, aproveitaram para falar aos servidores da Funasa sobre a perspectiva criada com a chegada da SESAI. "Recebemos a notícia (da criação da SESAI) com muita alegria e esperança. Participamos do processo do início ao final e só a gente sabe a realidade da ponta. Isso também vale para vocês, servidores da Funasa", disse Fernando Souza Terena, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), de Mato Grosso do Sul.
Em sintonia com o discurso do indígena de MS, o presidente do Fórum dos Presidentes dos Condisis, Lázaro Xerente, lembrou do apoio incondicional dos índios em relação à criação da SESAI.
"Em nenhum momento, em nenhum local do Brasil, os índios se manifestaram contrários a Secretaria. Agora que a criança nasceu temos que tomar conta para crescer certinho. Não podemos deixar o Dr. Antônio cuidando dela sozinho. Temos, todos juntos, que ajudar nesse processo", concluiu o Xerente.
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