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05 de Mar de 2012
Gestores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira (5), na sede do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Manaus, para definir aspectos operacionais da reforma da Casa de Saúde do Índio (CASAI), considerada uma das maiores da região amazônica. A obra, que está orçada em R$ 1,4 Mi, contempla a construção de novos alojamentos para acomodação de pacientes e acompanhantes indígenas, além da reforma e ampliação das enfermarias.
"A obra estava prevista para ter início esta semana, mas constatamos algumas fraquezas na organização do projeto e decidimos começar somente após transferirmos os pacientes que lá se encontram para um prédio temporário. Para isso vamos fazer um aluguel emergencial de um novo local nos próximos dias", explicou a chefe de Gabinete da SESAI, Verbena Melo, responsável por coordenar a reunião.
De acordo com ela, dada a dimensão da reforma, seria inviável dar início às obras com a CASAI em funcionamento, haja vista que geraria muitos transtornos aos pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde que ali atuam. "Precisamos ter o compromisso de oferecer um serviço de qualidade, prezando, sobretudo, pela integridade dos pacientes atendidos na unidade", destacou Verbena Melo.
Ela também questionou aos técnicos da Funasa, entidade responsável por licitar e contratar a empresa que executará a obra, sobre o plano diretor e o cronograma de execução, se o mesmo já conta com um estudo de impacto ambiental, bem como as etapas da construção, que está previsto para durar 12 meses.
Ministério Público
Encerrada a reunião, Verbena Melo e a chefe do DSEI Manaus, Adarcilyne Magalhães, seguiram para sede do Ministério Público Federal do Amazonas, onde participaram de uma audiência com o procurador da República, Eloy Faccioni. "Fomos fazer uma visita para prestarmos contas do andamento da gestão e estreitarmos ainda mais a relação com o Ministério Público, que tem sido um grande parceiro nosso", observou Verbena.
Durante a audiência, a chefe de Gabinete da SESAI informou ao procurador as alterações no cronograma das obras da CASAI e expressou a preocupação com a remoção dos pacientes para um novo prédio. "Nós também estamos preocupados com estes pacientes e já havíamos expressado este desejo de transferi-los", disse Eloy Faccioni.
O encontro serviu ainda para que as gestoras pudessem realizar um breve balanço da administração da SESAI nos últimos meses e deixar o Ministério Público atualizado das ações postas em prática pela gestão, a exemplo da atuação das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) em campo, da contratação de profissionais para CASAI e a organização dos processos de trabalho em outros DSEI.
O procurador da República destacou a necessidade de alinhamento gerencial entre a SESAI e a Funasa, lembrando que embora seja a Funasa responsável pela execução da obra, cabe a SESAI o acompanhamento rigoroso, "já que é a SESAI quem vai prestar o atendimento e colocar suas equipes para atuarem ali", disse.
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