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Servidores da sede ocupada por índios em Manaus levarão reivindicações ao presidente da Funasa

Radiobrás
Autor: Amanda Mota
29 de Nov de 2007

Manaus - Uma comissão formada por seis funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na capital amazonense apresentará amanhã (30) ao presidente da instituição, Danilo Forte, reivindicações que, segundo eles, poderão contribuir para restabelecer a normalidade das atividades e, ainda, garantir mais segurança ao exercício das funções.

Os trabalhadores querem, com isso, evitar situações como a atual ocupação da sede por grupos indígenas, que já dura 16 dias, e preparam uma manifestação diante do prédio durante a apresentação da junta interventora escolhida para atuar nos 120 dias determinados pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a responsável pela comissão, Edileuda Ferreira, os servidores querem, além da segurança, participação no processo de escolha do nome do novo coordenador; mais esclarecimentos sobre a Portaria no 2.656 e o papel da instituição em relação ao documento; regulamentação sobre as formas de ocupação promovidas pelos indígenas; e detalhamento das funções da Funasa no atendimento à saúde do índio. "Ainda não está claro para todos que nossa missão é com os índios aldeados e não com os que vivem nas zonas urbanas", destacou.

Edileuda informou ainda que a preocupação decorre também das outras ocupações do prédio, em novembro de 2005 e em março de 2006, quando houve tumulto, ameaças e sumiço de equipamentos.

"Na realidade, nenhuma das três ocupações foi pacífica, mas a que ainda está em curso ocorreu de maneira mais agressiva, eles expulsaram todo mundo, não deixaram que a gente desligasse os equipamentos ou fechasse as portas das salas. Por isso a nossa manifestação, porque estamos há muito tempo de braços cruzados. Reivindicamos esclarecimentos porque toda ocupação dessas deixa equipamentos desaparecidos e, embora solicitemos ajuda da Polícia Federal, a busca não dá em nada e quem responde pelo patrimônio são os servidores. Queremos acabar com isso e que os indígenas também se responsabilizem pelos atos deles", afirmou.

Uma das lideranças indígenas, Enos Munduruku, afirmou que falta acertar alguns detalhes antes de promover a saída da sede da Funasa, que poderá ocorrer amanhã.

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