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Serviço Florestal analisa sugestões para edital de concessão na Flona do Crepori

Serviço Florestal - www.florestal.gov.br
05 de Out de 2010

O Serviço Florestal Brasileiro já começou a analisar as sugestões recebidas da população ao pré-edital de concessão na Floresta Nacional (Flona) do Crepori (PA). A partir dessas contribuições, apresentadas em três audiências públicas, será elaborado o edital para a licitação de mais de 230 mil hectares na Flona.

"A participação da sociedade é muito importante pois nos ajuda a aperfeiçoar o edital com critérios que atendam mais às demandas locais", afirma o gerente de Concessões do Serviço Florestal, Marcelo Arguelles.

Na audiência realizada em Jacareacanga (PA), município que abriga a Flona, os moradores se pronunciaram quanto à disposição das cinco unidades de manejo - área que será destinada à extração sustentável de madeira por cada uma das empresas vencedoras - que compõem os mais de 230 mil hectares propostos para concessão.

"Organizamos o desenho das unidades de manejo de forma que tanto Jacareacanga quanto os distritos de Creporizão e Moraes Almeida, vizinhos à Flona, possam ser beneficiados. Estamos abertos a sugestões de mapas que nos sejam encaminhadas", afirma Arguelles.

Na atual configuração, a concessão permitirá o escoamento da produção pelo lado oeste - cuja cidade mais próxima é Jacareacanga - e pelo lado leste da Flona, que está mais perto dos distritos de Creporizão e Moraes Almeida, situados no município de Itaituba. Houve audiências nos três locais.

No Creporizão, a comunidade visualiza uma oportunidade de mudança. "A perspectiva que toda a região tem é de um resgate principalmente econômico. A economia da região é basicamente aurífera e nos últimos anos essa extração praticamente artesanal entrou em decadência", afirma o representante da Associação dos Moradores do Creporizão, Marcelo da Silva Santos.

Santos, que também integra do Conselho da Flona do Crepori, espera que a atividade chame a atenção para a região. "O clamor local é que essas concessões tragam melhorias na infraestrutura, educação, saúde, e que a comunidade também possa se desenvolver economicamente e também socialmente".

Estima-se que a concessão gere em torno de 1,4 mil empregos diretos e indiretos e uma receita de R$ 4,8 milhões com a extração de mais de 115 mil metros cúbicos de madeira por ano. Para que a atividade na Flona estimule o desenvolvimento na região, 600 dos 1000 pontos para julgamento das propostas vêm de itens como maior número de postos de trabalho, investimentos em infraestrutura para a comunidade e menor dano à floresta. O preço ofertado pela madeira corresponde aos 400 pontos restantes.

DIÁLOGO - Na visão dos empreendedores, as audiências têm ajudado a fortalecer o diálogo e a construir as concessões. "A audiência é muito importante porque é tomada a opinião do público. Já percebemos avanços entre o pré-edital para a Flona do Crepori e a Flona do Amana", diz o presidente da Associação das Indústrias Madeireiras de Moraes Almeida (Aimma), Rubens Zílio.

O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Sudoeste do Pará (Simaspa), Osvaldo Romanholi, compartilha de opinião semelhante. A entidade reúne 256 empresas do ramo madeireiro. "Na medida em que o Serviço Florestal nos convocou e nós sentamos para discutir hoje, isso é um avanço", afirma. "A construção da gestão das florestas tem que ser boa para indústria, Serviço Florestal, meio ambiente e comunidades. Isso tem que ser respeitado e está acontecendo", completa.

Para o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel, o retorno do público nas audiências mostra que o processo tem ocorrido com diálogo e transparência e reforça que "as concessões são uma política pública acertada e com grande futuro para a região".

http://www.florestal.gov.br/

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