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Senadores alertas para o risco de se gerar conflitos

Brasil Norte-Boa Vista-RR
11 de Jun de 2003

Os senadores Mozarildo Cavalcanti (PPS), Romero Jucá (PMDB) e Augusto Botelho (PDT) defenderam com rigor a proposta da classe política, considerando-a flexível. Ressaltaram também algumas situações inerentes a demarcação da Raposa/Serra do Sol nos moldes atuais.
Nascido e criado aqui, Augusto Botelho alertou para o fato dos conflitos e briga pela terra ter se elevado de forma significativa nas últimas três décadas, 'motivada por entidades que não representam 30% dos indígenas'. Cobrou que sejam feitas indenizações justas, além do re-assentamento.

Para o peemedebista, é preciso desfazer equívocos que passam da situação indígena no Estado. "Dizem que o nosso povo é contra reservas. É mentira. Roraima tem percentualmente o maior percentual de área demarcada do País, maior que unidades da federação", comentou Romero Jucá.
Informou, por exemplo, que não se discute o tamanho das reservas com a quantidade de índios, como se propagou em Brasília. "Queremos, sim, uma fórmula de demarcação responsável, pois questões emblemáticas podem gerar conflitos entre etnias. Isolá-los é um dês-serviço", opinou.

Romero Jucá atentou ainda para a inviabilizar a institucional jurídica do Estado ao se deixar de lado alguns detalhes. "Se tiramos arrozeiros que investiram milhões de reais em um local que não era pretendido até bem pouco tempo, ninguém terá segurança para investir em Roraima".
Mozarildo Cavalcanti disse que a proposta apresentada não foi construída de maneira unilateral, mas consensualmente. "É preciso se repensar a política indígena, que se volta apenas para o lado fundiário. O que pedimos é pouco diante da magnitude de necessidades do Estado", assegurou.

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