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Semana de luta na defesa do Cerrado

CTI - https://trabalhoindigenista.org.br
25 de Set de 2024

Entre os dias 11 a 15 de setembro, durante a semana de luta em defesa do Cerrado, representantes da Associação Wyty-Catë das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins e da Associação Xavante Warã, articuladas pelo Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado - MOPIC, estiverem reunidos em Brasília, cumprindo com um conjunto de agendas na defesa dos seus territórios, dos seus direitos e da proteção do bioma.

Formada em sua maioria por mulheres Timbira e A'uwe Xavante, a comitiva realizou um diálogo com a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade - ANMIGA, para o compartilhamento de estratégias de fortalecimento da articulação e atuação das mulheres do Cerrado, além de reunião de alinhamento com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB, na qual foi discutido o cenário da conjuntura nacional e as medidas legislativas anti-indígenas como a Lei 14.701/23 e a PEC 48/23. Junto com a assessoria jurídica da APIB, marcaram presença no Supremo Tribunal Federal, realizando incidências nos gabinetes dos Ministros do STF para reafirmar a posição do movimento indígena pela imediata suspensão da Lei 14.701/23 e contra a negociação de direitos.

Também foram feitas reuniões com órgãos do governo federal, dentre os quais o Ministério dos Povos Indígenas - MPI, Fundação Nacional dos Povos Indígenas - FUNAI e Ministério do Meio Ambiente - MMA, reivindicando o fortalecimento de políticas específicas de gestão territorial e ambiental para os povos do Cerrado, além de cobrar a demarcação e proteção das terras indígenas do Cerrado, diante do aumento do desmatamento e das queimadas e do avanço do agronegócio e dos grandes projetos de infraestrutura.

A agenda contou ainda com uma oficina realizada em parceria com o Instituto de Pesquisa da Amazônia - IPAM, na qual foram apresentadas ferramentas do MapBiomas e os dados geoespaciais sobre a evolução do desmatamento no Cerrado, e informações específicas sobre os focos de calor, recursos hídricos e supressão de vegetação nas terras indígenas do bioma.

Por fim, reforçando a campanha de defesa do cerrado, realizado por diversas organizações da sociedade civil, foi promovida a corrida de tora entre as mulheres Xavante e Timbira, como manifestação político-cultural na defesa do bioma e dos povos do cerrado, somando também com o movimento indígena na luta contra o marco temporal e pela suspensão da Lei 14.701/23.

https://trabalhoindigenista.org.br/semana-defesa-cerrado-mopic/

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