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Semana Amazônica

Amazônia - www.amazonia.org.br
11 de Dez de 2010

Dados do desmatamento mostram aumento de 446% na degradação florestal da Amazônia, articulação da bancada ruralista agilizou votação do Código Florestal, prevista para acontecer no próximo ano e COP 16 foram alguns dos destaques da semana. Confira.

Amazônia teve 562 km² de degradação em outubro
De acordo com os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados hoje (10), a degradação florestal da Amazônia foi de 562 km² em outubro. Em comparação com o mesmo mês de 2009, houve o aumento expressivo de 446%, quando a degradação somou 103 quilômetros quadrados.

Segundo o Imazon, 59% da degradação aconteceu em Mato Grosso, seguido pelo Acre (17%), Rondônia (14%), Amazonas (5%) e Pará (4%). A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2010 a outubro de 2010 (três primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento) atingiu 2.617 quilômetros quadrados, um aumento de 244% na degradação florestal acumulada nesse período (agosto de 2010 a outubro de 2010) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ruralistas e governo costuram acordo para votar pedido de urgência para o Código Florestal

Uma articulação da bancada ruralista e o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) tentou, nesta semana, acelerar a votação das mudanças do Código Florestal. Os deputados conseguiram recolher assinaturas de dez lideranças partidárias na Câmara em um requerimento que pede que o projeto seja votado em regime de urgência.

Na sessão extraordinária desta quarta-feira, dia 8, o líder do Governo Cândido Vaccarezza (PT/SP) anunciou publicamente que foi feito um acordo com líderes da bancada ruralista para votar o regime de urgência na próxima terça, dia 14. Mesmo se aprovada a urgência, a votação do mérito do projeto só deverá entrar na pauta do Congresso no próximo ano.

Confira a lista dos deputados que assinaram o requerimento em favor da votação do Código Florestal

Analfabetismo é maior em três Estados da Amazônia Legal
Apesar de o número absoluto de analfabetos brasileiros com 15 anos ou mais ter caído 7% entre os anos de 2004 e 2009 no Brasil, o analfabetismo aumentou em três Estados da Amazônia Legal: Mato Grosso, Rondônia e Acre. É o que constatou um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quinta-feira (9).

O Amapá foi o Estado brasileiro com maior queda no índice, 66%. Apenas 1,5% de seus habitantes não sabem ler nem escrever. Entre os Estados da Amazônia Legal com maior índice estão o Maranhão, 14,9%; seguido por Acre (12,7%) e Pará (9,8%).

Povo Suruí lança primeiro fundo de carbono indígena durante COP 16
Aconteceu durante a semana a 16ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-166), em Cancún, no México.

Organizações e entidades brasileiras aproveitaram o evento para divulgar o projeto Fundo Carbono Suruí, projeto de desenvolvimento sustentável e fortalecimento cultural aos povos da Terra indígena Sete de Setembro (RO). A iniciativa faz parte do Projeto Carbono Suruí, que tem por objetivo financiar atividades de proteção, fiscalização, produção sustentável e melhoria da capacidade local dos indígenas, a partir da comercialização de créditos de carbono.

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=373575

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