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Selo florestal será lançado em dezembro

Página 20-Rio Branco-AC
Autor: Tatiana Campos
09 de Ago de 2003

Comunidades, Ongs, representantes do Estado e município participam de workshop de certificação de produtos agroextrativistas

Existem produtos nas prateleiras dos comércios que são socialmente justos, economicamente viáveis e ambientalmente corretos. São hortaliças, frutas, grãos, cereais, doces, artesanatos, tudo produzido por agricultores, extrativistas, ribeirinhos ou indígenas e que a partir de dezembro terão um selo de certificação.
Para realizar essa tarefa, cerca de 25 comunidades, órgãos governamentais, não governamentais das esferas federal, estadual e municipal estão trabalhando há mais de um ano no projeto. Eles pretendem criar a Associação Certificadora Socioparticipativa da Amazônia (ACS Amazônia), a segunda no Brasil a ser criada nesses moldes.

As organizações e comunidades envolvidas no projeto, que é coordenado pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Sistemas Agroflorestais do Acre (Pesacre) estão reunidas no II Workshop, que iniciou quinta-feira e termina hoje, no Centro Empresarial Sebrae, para criar a certificadora. "Nessa etapa estamos discutindo os parâmetros gerais que vão nortear a certificadora e todos os critérios que ela vai usar, com o detalhamento do regimento interno", informa o coordenador do Programa de Agricultura Orgânica da Delegacia Federal de Agricultura, Antônio de Souza.

Certificadora internacional

Para o produtor Luciano Faria, do Grupo Novo Ideal do ramal Granada, o selo de certificação é um passo importante e vai trazer o reconhecimento do trabalho realizado na comunidade, que tem 26 famílias e procura trabalhar com produtos orgânicos.

"A certificadora vai ter um selo reconhecido nacional e internacionalmente inserido na legislação específica vigente. A diferença de um produto certificado para os que não têm certificação é que ele passa a ter valor agregado, leva em consideração o local aonde é produzido e como ele é feito", explica Antônio.
O consultor de Certificação e Políticas Públicas do Pesacre, Marcelo Nunes, ressalta que o processo de certificação é desenvolvido junto com os produtores, agroextrativistas, índios e ribeirinhos e todas as decisões são tomadas em conjunto.

"A ACS Amazônia vai apenas monitorar as atividades, avaliar o desenvolvimento e propor a melhoria de qualidade no que está sendo feito, se for necessário", ratifica

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