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Secretário e mais sete já foram presos; PF procura assessor de deputado

24 Horas News-Campo grande-MS
Autor: Rubens de Souza
29 de Nov de 2005

A Polícia Federal divulgou a relação de pessoas presas pela "Operação Rio Pardo" até o momento. São elas: Mário Soares Brandão, Luís Humberto Borges, Wilson José Alves de Lima, Arno Antônio Salamoni, Fernanda Luísa Bavedi Bezerra e Abílio Mateus, além de Wanilson Luís Alves, de Barra do Garças. Também está preso sob a acusação de formação de quadrilha para grilagem de terras indígenas, pertencentes ao patrimônio da União Federal, o secretário de Habitação da Prefeitura de Cuiabá, Oscar Soares Martins.

Ao todo, a Polícia Federal recebeu ordem judicial para o cumprimento de 77 mandados de prisões e 90 mandados de busca a apreensões em Mato Grosso, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rondônia. Entre os mandados não cumpridos ainda está o de Cláudio Agnaldo, assessor do deputado estadual Pedro Satélite (PP). A primeira informação era de que Agnaldo já estava preso. Satélite é presidente da Comissão de Terras da Assembléia Legislativa.

Em Mato Grosso, as investigações com mandados de buscas e apreensões, de prisões temporárias e diligências, que foram desencadeadas em Cuiabá, Colniza, Nova Maringá, Aripuanã, Juara, Guarantã do Norte e Várzea Grande. O delegado Farias, da Polícia Federal, informou que a "Operação Rio Pardo" é uma referência às investigações para prender, principalmente grileiros de terras indígenas. Invasões que vêm gerando constantes conflitos fundiários, inclusive com disputas armas e derramamento de sangue.

Fiscais do Ibama e agentes da PF prenderam na sexta-feira, Marcelo Alberto Fávero e seu funcionário, Sidnei Medeiros, sob a acusação de extração ilegal de madeira, caça ilegal de animais silvestres, porte ilegal de arma de fogo e possível trabalho escravo. Com eles foram apreendidos 2 revólveres, dois caminhões e uma carreta carregados com aproximadamente 120m³ de madeira da espécie Itaúba.

Marcelo estaria retirando madeira fica na divisa dos municípios de Nova Ubiratã e Feliz Natal, na área indígena do Parque Nacional do Xingu. Ainda o envolvimento de empresários madeireiros de Sinop, Sorriso, Vera e Feliz Natal, além de uma tribo de índios do próprio parque, também está sendo investigado.

Colaboraram: Valdemir Roberto e José Ribamar Trindade

Fonte: 24 Horas News - http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=160341

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