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Secretário de Ciência e Tecnologia visita UnB e promete revolução na área

UnB - http://www.unb.br
Autor: Leonardo Echeverria
06 de Jan de 2011

Com menos de 24 horas no cargo, o novo secretário de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, Gastão Ramos, veio à Universidade de Brasília para conversar com o reitor e professores. E prometeu uma revolução na pasta. "A secretaria será dedicada à ciência e tecnologia, e não mais a interesses políticos". Formado em Engenharia Mecânica pela UnB, Gastão atacou gestões anteriores e disse que seu trabalho vai se pautar pela integração entre governo, universidades e indústrias.

"Temos que dotar Brasília de uma tecnologia que ainda não existe. A cidade mais moderna do mundo é precária em tecnologia", afirmou. Citou o projeto do Parque Cidade Digital, uma área de 123 hectares localizada ao lado do Parque Nacional de Brasília destinada a empresas de tecnologia e que vai abrigar também a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e uma escola técnica. "É muito importante que as universidades participem da gestão do parque, para não mudar o rumo do projeto".
E ressaltou as parcerias com a UnB em dois grandes projetos do novo governo. O primeiro deles é implantar uma rede de banda larga em todo o Distrito Federal, que está sendo elaborada com a ajuda do professor Ricardo Puttini, da Faculdade de Tecnologia. "Estamos assessorando a secretaria nas definições da política de acesso, do modelo de exploração do serviço e da arquitetura da rede", diz Puttini. "Será uma rede sem fio, com atendimento prioritário para as áreas menos favorecidas".

O segundo projeto é a criação de uma infovia de fibra ótica para interligar todas as cidades do DF. Segundo Puttini, já existem 60 km de rede de fibra ótica no Plano Piloto. A ideia é criar ovos anéis de ligação para atender às cidades satélites. Esse projeto vai de encontro ao projeto da universidade de contruir uma rede de fibras óticas interligando os quatro campi (leia mais aqui).

NOVO PARADIGMA - Gastão criticou as gestões anteriores da secretaria e disse que vai fazer uma reestruturação na pasta. "Dos 106 cargos comissionados que haviam, só sobraram 17", afirmou. O secretário avisou que os novos funcionários terão perfil eminentemente técnico, de preferência pesquisadores.

Outro objetivo é mudar a gestão da FAP-DF. "A fundação precisa ter independência, quero cortar o cordão umbilical com a secretaria", afirmou. Ele criticou o fato de que 55% das verbas da fundação iam para uma única instituição, a Fundação Gonçalves Lêdo, que tocava um único projeto, o DF Digital.

O secretário quer desenvolver uma pasta "transversal". "Podemos auxiliar projetos das secretarias de educação, saúde, obras e agricultura". Segundo Gastão, não existirão áreas mais importantes na sua gestão, mas adiantou que também quer criar projetos nas áreas de Tecnologia da Informação, Biotecnologia e Resíduos Sólidos.

Gastão é carioca, mas chegou em Brasília em 1960. Estudou na UnB e inciou a carreira em uma instituição de pesquisa, o Centro de Pesquisa em Segurança em Comunicações. Na arena política, participou da criação da carreira federal em ciência e tecnologia. Foi candidado a vice-governador do DF em 2006, na chapa de Arlete Sampaio (PT) e vice-presidente da Federação das indústrias de Brasília. Também atuou como empresário, à frente da Mondial Informática e Consultoria Ltda. "Tenho visão da academia, da gestão pública e também empresarial", afirmou.

http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4463

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