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Sebrae no Acre treina seringueiros em curso de design

Sebrae-Rio Branco-AC
02 de Fev de 2004

Melhorar o desenho e a qualidade dos objetos decorativos produzidos com borracha natural por artesãos nos seringais do Acre é o principal objetivo da oficina que será aplicada durante dez dias, a partir de 10 de fevereiro a 25 seringueiros na Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema, em Sena Madureira. A oficina será realizada numa parceria entre o Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Governo do Estado, Centro dos Trabalhadores da Amazônia, Basa - Banco da Amazônia e Banco do Brasil.

O treinamento será aplicado por Paulo Bustamente, um dos principais designers brasileiros e que, além de ensinar novas técnicas que facilitam a aceitação dos produtos pelos consumidores, também faz uma ligação entre produtores e mercado nas grandes redes.

Exemplo prático disso foi ter ligado os membros do projeto de bambuzeria, de Mato Grosso, à Tok & Stock, uma das maiores redes de venda do Brasil. Pelo menos 25 seringueiros da Reserva Extrativista Chico Mendes e Cazumbá, Assentamento Extrativista Santa Quitéria e seringal São Luiz do Remanso, todos do vale do Acre e Purus, os quais vem se destacando pela qualidade de seus trabalhos foram convidados a participar deste curso.

"Este não é um curso para iniciantes, ninguém estará aprendendo como fazer animais e outros objetos decorativos com o látex, mas aprenderão como tornar o desenho das peças mais bonitos e bem acabados. Isto permitirá que ganhem mais qualidade a fim de competir no mercado e assim garantam a sustentabilidade econômica dessa atividade artesanal", explicou Alex Lima coordenador do Projeto Núcleo de Design e Artesanato do Sebrae.

Ele informou ainda que pelo menos cinco cursos desse tipo serão realizados ao longo deste ano, atingindo, além do látex, outras matérias primas da floresta como as sementes e fibras utilizadas na produção de artesanato. "O Núcleo lançará, em breve, um edital para a contratação de empresa que pesquisará todas as patologias que atingem os setores do látex, sementes e fibras. O látex, por exemplo, apresenta problemas ligados ao cheiro, fungos e o fato de coalhar se for armazenado por mais de 24 horas", explica Alex, que adiantou também que a empresa que for contratada deverá identificar os principais problemas dessas matérias primas e apresentar soluções práticas que servirão de base à elaboração de uma cartilha que orientará os artesãos
(-Sebrae-Rio Branco-AC-02/02/04)

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