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Saúde lança Brasil Sorridente Indígena

Sesai - http://portal.saude.gov.br/
Autor: Valéria Amaral
19 de Abr de 2011

O objetivo é levar atendimento em saúde bucal às aldeias, garantindo assistência odontológica integral aos povos indígenas

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lança nesta terça-feira (19), em Brasília, o Brasil Sorridente Indígena. O objetivo é ampliar o acesso ao atendimento odontológico nas aldeias, estruturando e qualificando os serviços de saúde bucal nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Essa é a primeira política nacional elaborado especificamente para tratar da saúde bucal desses povos.

Serão investidos R$ 40,7 milhões (Fase 1 e Fase 2) para implantação e estruturação desse programa para toda a população indígena do Brasil. Esse investimento engloba a contratação de profissionais, aquisição de consultórios portáteis, equipamentos de apoio e material de consumo. A partir do segundo ano, o valor de custeio passa a ser de R$ 36,5 milhões, por ano.

"Já temos equipes trabalhando nas aldeias, com dentistas e outros profissionais desenvolvendo ações em saúde bucal e, agora, vamos ampliar e integrar essas iniciativas para garantir que, desde pequenas, as crianças recebam orientações e atendimento, sempre respeitando as diferenças de cada povo", afirmou o ministro Alexandre Padilha. Segundo ele, haverá inquéritos nas aldeias para verificar a situação da saúde bucal dessa população.

PRIMEIRA ETAPA: O programa será executado em duas etapas. Inicialmente, o Ministério da Saúde adquiriu 37 consultórios odontológicos portáteis e 37 Kits de instrumental clínico odontológico para equipar as equipes de saúde. Com duração de seis meses, esta fase irá zerar as necessidades das comunidades indígenas em três DSEI: Xavante (MT), Alto Rio Purus (AC/AM/RO) e Alto Rio Solimões (AM), que juntos, têm uma população aproximada de 70 mil indígenas. São os três maiores distritos do país. Nas aldeias, os profissionais trabalharão para resolver os principais problemas bucais graves e urgentes, incluindo o processo de reabilitação protética para quem já perdeu os dentes.

A equipe para esses três DSEI é formada por 26 cirurgiões-dentistas, 11 auxiliares de saúde bucal (ASB) e 10 técnicos de saúde bucal receberão treinamento específico para atendimento a essa população, observando um protocolo diferenciado para as especificidades e características das etnias. Esta capacitação será feita no início de maio, antes do início do atendimento em área indígena. Esse treinamento será estendido posteriormente para os mais de mil profissionais que trabalharão com saúde bucal indígena em todo o Brasil.

Além disso, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) enviou aos três distritos 74 mil Kits de higiene bucal, composto por escova dental adulto/infantil e creme dental fluoretado. O material será doado à população indígena durante as atividades de promoção e prevenção.

O programa também pretende implantar nove Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e nove Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD), nos três DSEI's:

SEGUNDA ETAPA: Com início a partir de novembro, o Programa Brasil Sorridente Indígena reorganizará o atendimento integral em saúde bucal em todos os 34 DSEI do país. Para tanto, o Ministério da Saúde iniciou o processo de compra de consultórios portáteis e kits instrumentais para equipar as 514 equipes de saúde bucal que atuarão quando o programa for estendido para todo o Brasil.

As medidas previstas no Brasil Sorridente Indígena são coordenadas pelo Ministério da Saúde e executadas pelos DSEI. O distrito sanitário é a unidade central do Subsistema de Atenção a Saúde Indígena. Ele é o responsável pelas atividades técnicas e qualificadas de atenção básica à saúde. No Brasil, são 34 unidades, que não são divididos por estados, mas estrategicamente com base a ocupação geográfica das comunidades indígenas. Além dos DSEI, a estrutura de atendimento conta com postos de saúde, com os pólos-base e as Casas de Saúde do Índio (Casais).

CONSULTÓRIOS PORTÁTEIS: As localidades para intervenção nas aldeias são de difícil acesso geográfico, podendo ser feito por barco e outros meios de transporte até as aldeias, e permitirão, atendimentos básicos e especializados. Cada Unidade Odontológica Móvel é composta por cadeira odontológica, kit de pontas ("motorzinho do dentista"), cadeira, refletor, amalgamador, fotopolimerizador (utilizado para preparar o material de restauração), raio-X odontológico e autoclave (usado na esterilização do material). As unidades também possuem ar-condicionado, pia para lavagem de mãos, reservatórios de água, armários e, acoplado ao veículo ou ao barco, um gerador de energia.

http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=ds…

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