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22 de Jun de 2012
Lançado em 2011, nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) Alto Rio Solimões (AM), Alto Rio Purus (AC) e Xavante (MT), o Programa Saúde Bucal Indígena já apresenta resultados positivos nestas três regiões. Um levantamento feito pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e a Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) mostra que de dezembro de 2011 a maio de 2012, o número de procedimentos restauradores realizados (6.819) já é próximo do executado em todo o ano de 2010, que foi de 7.745.
Durante a Fase I do Programa, foram realizadas capacitações e treinamentos para as equipes de saúde bucal dos DSEIs para reorganizar os serviços e realizar atendimento das necessidades odontológicas urgentes. A capacitação ocorreu em Brasília, de 29 de novembro a 2 de dezembro de 2011, no auditório do Hotel St. Peter. Participaram do evento, cirurgiões dentistas e responsáveis técnicos da área de saúde bucal dos DSEIs Alto Rio Solimões, Alto Rio Purus e Xavante. Também participaram 2 responsáveis técnicos dos DSEIs Potiguara (PB) e Litoral Sul (PR), 1 Técnica da Federação Interestadual de Odontologia do Mato Grosso (FIO-MT) e 5 profissionais da SESAI de Brasília. Participaram também como instrutores, 02 professores da Universidade de São Paulo (USP) e 2 professores de Brasília, da Universidade de Brasília (UNB) e da Universidade Católica de Brasília (UCB).
O responsável técnico da SESAI pelo programa, André Luiz Martins, explica que para a implantação do Brasil Sorridente Indígena foi necessária a aquisição de instrumental odontológico clínico-cirúrgico, consultórios portáteis e insumos odontológicos para equipar as equipes de saúde bucal volantes que se deslocam entre aldeias indígenas. "Esses insumos estratégicos direcionam-se à estruturação dos serviços para o desenvolvimento de procedimentos odontológicos pelas equipes de saúde bucal", informou.
De acordo com o levantamento foram adquiridos 8.214 instrumentais de 58 tipos diferentes, tais como espelho clínico, pinças cirúrgicas, fórceps, tesouras clínicas e cirúrgicas, exploradores, alavancas apicais, curetas periodontias, curetas de dentina, num valor total de R$ 94.931,57. Além disso, a SESAI adquiriu 37 consultórios odontológico portáteis e 25 Unidades Odontológicas Móveis (UOM). As UOM são consultórios odontológicos estruturados em veículos devidamente adaptados e equipados com gabinete odontológico completo, kit de peça de mão contendo caneta de alta e baixa rotação, autoclave, fotopolimerizador, amalgamador e aparelho de Raios-X.
Os indicadores mostram que em apenas 6 meses de operacionalização, o programa Brasil Sorridente Indígena tem ampliado o acesso da população ao atendimento odontológico. Cerca de 8 mil indígenas tiveram acesso ao atendimento odontológico. Foram executados ainda 5.759 procedimentos restauradores utilizando-se da técnica restauradora atraumática (ART) com ionômero de vidro, o que representa um incremento de 46,1% em relação ao total de procedimentos realizados em todo o ano de 2010. Observa-se também aumento de 134% no número de pacientes que concluíram o tratamento odontológico básico, e se encontram livres de cárie e doença periodontal, em comparação com o ano de 2010.
Segundo André Martins, a partir do segundo semestre de 2012, o Programa será ampliado para mais 13 DSEIs: Alagoas e Sergipe, Pernambuco, Bahia, Ceará, Potiguara, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Guama-Tocantins, Cuiabá, Interior Sul, Litoral Sul e Minas Gerais e Espírito Santo.
Programa Brasil Sorridente Indígena
O Brasil Sorridente Indígena é um Programa do Ministério da Saúde, coordenada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), que objetiva ampliar o atendimento e melhorar as condições de saúde bucal da população indígena brasileira. É a extensão do Programa Brasil Sorridente, lançado pelo Ministério da Saúde em 2004, adaptado e aplicado às especificidades e complexidades da saúde indígena.
O programa pretende ampliar e qualificar as ações de atenção em saúde bucal realizadas em aldeias indígenas com o foco no controle de infecção intrabucal, na ação integrada com as outras áreas da saúde, na utilização de outros espaços sociais para a realização de ações de promoção e prevenção da saúde, na utilização da epidemiologia como instrumento organizador da assistência, e na mudança do enfoque assistencialista para o preventivo e coletivo.
Clique aqui para ter acesso ao levantamento técnico completo: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Infor_tec_bsi_jun12.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idt…
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