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Sabesp nega descontos aos clientes

OESP, Metrópole, p. C3
19 de Set de 2008

Sabesp nega descontos aos clientes
Empresa diz que água tem qualidade e nenhuma operação será realizada

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) não dará desconto nas contas de água dos consumidores afetados pelo surto de algas nem vai suspender a cobrança enquanto o problema não for solucionado. De acordo com o Departamento Comercial da Sabesp, o problema está no desconforto no consumo, mas a água continua própria para ingestão. Não existe nenhuma operação a ser realizada para diminuir o cheiro e o sabor fortes da água.

Responsável pela Estação de Tratamento da Represa do Guarapiranga, Angelino Aniello Saullo disse que não há mais nada a ser feito. "Não existe necessidade de novo tratamento. A água está segura para o consumo. Não recomendamos nenhuma etapa adicional de tratamento em casa. Se isso for feito, poderá quebrar a presença do cloro", explicou.

O sol forte e excesso de nutrientes presentes na água por causa do despejo de esgoto são os responsáveis pela proliferação desse tipo de organismo. As algas se proliferam na presença de fosfato de nitrogênio, de luz e de calor forte, como o registrado em agosto. "Há um trabalho no manejo da represa para que esses eventos não ocorram. Mas o comportamento do manancial, que recebe muito esgoto, estiagem e calor, faz as algas aparecerem", disse Saullo.

Técnicos em química apontam que sabor e cheiro indesejáveis na água, como de inseticida, bolor, terra ou peixe, são provocados pela presença de algas, húmus e outros detritos que naturalmente estão presentes nos mananciais. O gosto e o cheiro provocados pelas algas tem como causa alguns gêneros de cianobactérias, minúscula alga que libera composto orgânico chamado de geosmina.

A Sabesp, em carta aos moradores que reclamaram, informou que "a água, apesar de diferente, não traz riscos à saúde". "A Sabesp toma todos os cuidados para garantir que seu produto - a água - seja sanitariamente seguro para o consumo humano, cumprindo todas as exigências das leis que normatizam a qualidade da água no território nacional, tendo inclusive certificados seus laboratórios de análise com padrões ISO", afirmou a empresa. E.R.

OESP, 19/09/2008, Metrópole, p. C3

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