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Rússia não ratifica acordo, diz um assessor de Putin

GM, Saneamento & Meio Ambiente, p. A10
03 de Dez de 2003

Rússia não ratifica acordo, diz um assessor de Putin

A Rússia não vai ratificar o Protocolo de Quioto, o acordo internacional pela redução das emissões de gases de efeito estufa, porque ele poderá desacelerar o crescimento da economia do país, disse ontem Andrei Illarionov, assessor econômico do presidente Vladimir Putin. "Em sua atual forma, o Protocolo de Quioto restringe significativamente o crescimento econômico da Rússia", disse ontem Illarionov aos repórteres no Kremlin, depois do encontro de Putin com dirigentes empresariais europeus. "Isso significa que ele não pode ser ratificado."

A aprovação pela Rússia é necessária para a entrada do tratado em vigor. O Protocolo de Quioto precisa ser ratificado pelos países industrializados que produzem 55% dos gases de estufa para que passe a vigorar. A Rússia é responsável por mais de 17% dessas emissões, segundo os níveis de emissão de 1990. O maior gerador mundial de gases de estufa, os Estados Unidos, com 36% das emissões, rejeitou o tratado.

A União Européia (UE) disse que o setor de energia elétrica da Rússia pode perder investimentos de empresas européias se o país não ratificar o tratado. A UE aprovou legislação que autoriza o pregão de emissões a partir de 2005, o chamado mercado dos créditos de carbono. Mais de 10 mil empresas afetadas por essas leis estão decidindo se reduzirão as emissões em território nacional ou se investirão em projetos de redução de poluição em outros países.

Começou anteontem em Milão, na Itália, uma reunião de cúpula da ONU sobre clima mundial, com a presença de representantes de 188 países. O encontro está discutindo normas sobre como os países desenvolvidos podem investir em projetos de plantio de florestas em países em desenvolvimento para ajudá-los a cumprir suas metas de redução de emissões. Na abertura dos trabalhos, os países presentes salientaram a importância da ratificação do Protocolo de Quioto pela Rússia.

GM, 03/12/2003, Saneamento & Meio Ambiente, p. A10

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