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Rumos da saúde indígena

Adital
14 de Dez de 2005

Diante da grave crise que atinge a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), mais de 300 delegados entre indígenas, prestadores de serviço e trabalhadores, estão reunidos durante quatro dias para discutir os rumos da saúde indígena no Distrito Sanitário Leste de Roraima. Com o tema "Distrito Sanitário Especial Indígena: Território de produção de saúde, proteção da vida e valorização das tradições", teve início ontem, 13, na Casa de Formação Paulo VI, a etapa Distrital da 4ª Conferência Nacional de Saúde Indígena.

Segundo o Conselho Indígena de Roraima (CIR), os eixos temáticos da conferência são: direito as saúde; controle social e gestão participativa; desafios indígenas atuais; trabalhadores indígenas e não indígenas em saúde; e, segurança alimentar, nutricional e desenvolvimento sustentável. A conferência terá participação de 320 delegados, sendo 160 representantes indígenas, 80 prestadores de serviço e 80 trabalhadores. Os indígenas são das etno-regiões das Serras, Surumu, Baixo Cotingo, Raposa, Taiano, Amajari, São Marcos, Serra da Lua e Wai Wai, além dos líderes de organizações como CIR, Sodiurr, Alidicir, Opir, Apirr e outras.

Os representantes dos prestadores de serviços são ligados à FUNASA, Casa do Índio, Diocese, Meva, Funai, Secretária do Índio, Forças Armadas, Conselho Estadual de Saúde e de 10 prefeituras do Estado de Roraima. Os delegados dos trabalhadores são indicados pelos agentes indígenas de saúde, sindicato dos servidores federais e dos trabalhadores em saúde, além das prefeituras.

A conferência deverá se posicionar sobre a grave crise em se encontra a assistência à saúde nas aldeias, principalmente devido ao atraso na liberação de recursos da FUNASA para normalizar os atendimentos. Os principais problemas são a compra de medicamentos, combustível, radiofonia, o pagamento de horas de vôo e frota de veículos sucateada.

O Conselho Indígena de Roraima mantém convênio com a FUNASA desde 1996 para assistência no Distrito Sanitário Leste de Roraima. A partir do ano 2000, toda a assistência básica à saúde está na responsabilidade do CIR que atende a uma população atual de 32 mil índios das etnias macuxi, wapichana, ingarikó, taurepang, patamona e wai wai.

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