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RR participa de encontro sobre Proteção das Florestas Tropicais

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
03 de Jul de 2002

O presidente da Cooperativa de Produtores Rurais da Região do Apiaú (Ceprra) e membro do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Lurenes Cruz do Nascimento, foi o único representante roraimense do 2o Encontro Nacional do programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, com enfoque especial para a Biodiversidade da Amazônia e cujo tema principal foi "Construindo a Sustentabilidade", realizado na semana passada no Rio de Janeiro.

Os participantes do encontro fizeram uma avaliação da primeira fase dos programas pilotos, iniciada em 1995, bem como as ações realizadas e os resultados práticos obtidos pelas famílias envolvidas.

"Inicialmente, o orçamento total da primeira fase foi estimado em 250 milhões de dólares. As doações são amparadas pelos governos federal e estaduais e pela sociedade civil brasileira, por oito governos doadores e pela União Européia, utilizando contratos de natureza pública e privada. Os três maiores doadores são Alemanha (41%), Comissão Européia (23%) e Brasil (15%). O valor total dos contratos já assinados é de US$ 181 milhões, sendo que os gastos efetuados totalizam cerca de US$ 120 milhões", disse.

Para a segunda fase, já foram definidas algumas prioridades de intervenção do Programa Piloto nas áreas de gestão pública e comunitária de áreas protegidas, uso sustentável dos recursos naturais, monitoramento, prevenção e controle do desmatamento e queimadas, desenvolvimento territorial e desenvolvimento local sustentável e ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável.

Lurenes explicou que uma das metas do programa é o desenvolvimento de alternativas educativas e de assessoria rural, com a implantação de modelos alternativos de assessoria rural para apoiar a produção familiar rural sustentável e de educação rural que adotem a pedagogia da alternância, com capacitação de técnicos e produtores familiares para os aspectos relacionados ao meio ambiente, de forma integrada ao seu meio de vida, e com apoio à criação e implantação do Programa de Preservação Ambiental (Proambiente).

PILOTO - A Ceprra foi a primeira organização roraimense a participar do programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil. Em 1993, um grupo de agricultores inconformados com o abandono e o descaso das autoridades em relação à agricultura familiar em Roraima resolveu organizar-se para buscar alternativas de sobrevivência financeira.

Para isso, fundaram a Ceprra, que conseguiu recursos para executar um Projeto Demonstrativo Agroflorestal, cujo resultado serviu de referência para outras organizações de trabalhadores rurais. A experiência tem possibilitado a produção de diversas espécies de mudas frutíferas e madeireiras para reflorestamento das áreas degradadas, consórcio de urucum, criação de peixe em cativeiro e a criação de abelhas silvestres dentro da mata nativa.

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