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Roraima sedia amanhã lançamento da campanha nacional de vacinação indígena

Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=81747
10 de Mar de 2010

O lançamento da Estratégia Nacional de Vacinação dos Povos Indígenas contra o vírus Influenza (H1N1) acontecerá amanhã, na Casa de Apoio à Saúde do Índio (Casai), localizada na colônia de Monte Cristo. A abertura da solenidade está prevista para as 9h.

Durante o evento, cerca de 400 indígenas em trajes típicos e pertencentes às dez etnias existentes no Estado - dentre as quais Yanomami, Taurepang, Way-way, Macuxi, Xiriana, Xirixana, Ye´kuana - serão imunizados nas três tendas reservadas para o evento. Somente os Yanomami somam 18 mil indígenas em Roraima.

Além do presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Danilo Fortes, profissionais do Ministério da Saúde do Brasil e do Canadá, que estão em Roraima desde ontem, têm presença confirmada. Os indígenas homenagearão as autoridades com a Parixara, dança secular dos macuxi.

Por telefone, o presidente da Funasa disse à Folha que Roraima foi escolhido para sediar o lançamento da campanha pela questão emblemática da comunidade indígena no Estado e por 10% da população de índios do país estarem em área roraimense.

"Esperamos alcançar o objetivo máximo, que é o de atender 100% das comunidades indígenas. Temos logística e estamos aptos para vacinação. Já erradicamos a tuberculose em áreas indígenas e agora estaremos imunizando as populações", destacou Fortes.

A vacinação, nesta primeira fase que vai de 8 a 19 de março, abrangerá grupos prioritários como a população indígena, trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia. No total, 7.976 agentes de saúde indígena e agentes indígenas de saneamento da Funasa estarão envolvidos na campanha que pretende atingir os 567.347 mil indígenas aldeados do país. Algumas equipes já estão em área no Estado.

O diretor de saúde indígena da Funasa, Wanderley Guenka, destacou a importância da vacinação na população indígena, que são mais vulneráveis a doenças do que os não-índios. Além disso, a ação reforça ainda mais a valorização que o governo brasileiro tem dado aos indígenas.

"Nós esperamos que em cerca de 40 dias possamos concluir a vacinação em toda a população indígena. A vacina é a principal ferramenta de proteção. Logicamente que nós estamos aumentando a vigilância, o monitoramente das síndromes gripais agudas que pode ser H1N1, mas a vacina que é a proteção eficaz contra a doença", disse Guenka. (V.L.)

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