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Rio reduz vazão de barragem para evitar desabastecimento

OESP, Metrópole, p. A17
18 de Jul de 2015

Rio reduz vazão de barragem para evitar desabastecimento
No auge da crise hídrica, economia de água chegou a 7%, mas agora consumo voltou aos níveis anteriores

Clarissa Thomé - O Estado de S. Paulo

RIO - Para evitar o risco de desabastecimento de água e que o reservatório do Paraibuna volte ao volume morto, a vazão da barragem da Usina Santa Cecília, em Barra do Piraí (cidade no Vale do Paraíba), baixará para 110 m³/s. A medida já foi criticada pelo Estado, no início do ano, porque agravaria ainda mais a crise hídrica no Rio, afetando o abastecimento de municípios e indústrias. Segundo a secretária do Comitê de Integração da Bacia do Paraíba do Sul (Ceivap), Aparecida Vargas, a meta é chegar a essa vazão até outubro. Antes da crise, o volume liberado pela barragem era de 190 m³/s. Hoje, é de 135 m³/s.
"Para não haver o colapso, estamos reduzindo progressivamente a vazão. Já estaríamos no volume morto se não tivéssemos planejado as ações. O Cantareira serviu de exemplo para nós. Estamos vivendo o pior cenário desde o início da série histórica, em 1931. A pior vazão havia sido em 1954. Ano passado, tivemos um ano péssimo. Neste ano, estamos repetindo os resultados de 2014", disse ela.
A redução para 110 m³/s está autorizada pela Agência Nacional de Águas (ANA). Parte da água liberada pela barragem Santa Cecília é captada pelo Sistema Guandu, que abastece a região metropolitana do Rio. O restante segue a calha principal do Rio Paraíba do Sul.
A situação do abastecimento ainda é delicada. Dados da ANA apontam que o armazenamento dos quatro reservatórios da Bacia do Paraíba do Sul (Paraibuna, Jaguari, Santa Branca e Funil) equivalia, ontem, a 13,62% do volume útil total.
Em 17 de julho de 2014, o armazenamento era de 25,7%. O volume do Paraibuna, maior reservatório, está atualmente em 5,5%. "Não temos problemas de quantidade de água, mas de nível. Investimos R$ 13,4 milhões em obras em oito municípios de São Paulo e em sete municípios do Rio para permitir captação em volume baixo", afirmou Aparecida.
Em janeiro, auge da crise, quando o reservatório do Paraibuna entrou no volume morto, o consumo de água no Rio caiu entre 5% e 7%, após campanha de conscientização. Seis meses depois, a vigilância afrouxou e o gasto voltou aos níveis anteriores, informou a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae).

OESP, 18/07/2015, Metrópole, p. A17

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