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"Retratos Culturais do Arco e Flecha no Amazonas"

Valor Econômico, EU & Fim de Semana, p. 32
18 de Ago de 2017

"Retratos Culturais do Arco e Flecha no Amazonas"

O mais antigo guerreiro de que se tem notícia, a múmia Ötzi, de 5,3 mil anos, encontrada por turistas na fronteira da Áustria com a Itália nos anos 90, tinha junto ao corpo uma vestimenta, um estojo de flechas e um arco - instrumentos marcantes na história.
Seu uso deixou rastros que ajudam a traçar a ocupação da América pelo homem. Na região do rio Tapajós, arqueólogos encontraram lascas de pedras usadas em flechas ou lanças com mais de 9 mil anos.
Mas, hoje, na Amazônia, poucas tribos indígenas ainda dependem dessas ferramentas para subsistência.
As crianças as usam para alvejar lagartixas.
Mas elas permanecem latentes no imaginário e na identidade indígenas, como mostra "Retratos Culturais do Arco e Flecha no Amazonas", trabalho do jornalista Sérgio Adeodato e do engenheiro florestal Virgílio Viana, superintendente-geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS).
Os registros fotográficos de André Pessoa acompanham a jornada dos autores pelo rio Negro e o processo de identificação do valor cultural do arco e da flecha, que se incorpora ao modo de ver o mundo, aos mitos, lendas, crenças e rituais indígenas. Nesse contexto surge o projeto Arquearia Indígena no Amazonas, de valorização cultural e inclusão social a partir da formação de atletas indígenas em tiro com arco. Um esporte para fazer a ponte entre a tradição e a modernidade.
Revigorar a arquearia indígena é uma tentativa de reduzir os preconceitos em relação aos 900 mil indígenas brasileiros que, apesar dos avanços legais e institucionais, continuam ameaçados pela expansão da fronteira agrícola, pela mineração, pela exploração ilegal de madeira e pelo desmatamento.

Aut.: Sérgio Adeodato e Virgilio Viana. Edit.: Fundação Amazonas Sustentável; 128 págs., R$ 110

Valor Econômico, 18/08/2017, EU & Fim de Semana, p. 32

http://www.valor.com.br/cultura/5084588/retratos-culturais-do-arco-e-fl…

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