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Resistindo contra o cerco

Porantim
01 de Dez de 1982

Os índios Maxakali, classificados pela Funai como "em vias de integração", sofrem as consequências da espoliação de suas terras por fazendeiros locais. O alcoolismo e a prática de saques são hoje os estigmas mais visíveis que a sociedade não-indígena imprimiu na vida dos Maxakali, além do sarampo e a varíola, que dizimaram a maior parte da população. Além de reflexões e denúncias sobre a situação dos índios Maxakali, a notícia traz uma análise feita pelo antropólogo João Pacheco de Oliveira, do "Projeto de Desenvolvimento Integrado dos PIs Maxakali e Pradinho", aprovado pela Funai em setembro de 1980. O projeto, que entrou em aplicação no mesmo ano, representa, segundo o antropólogo, uma "utopia puritana, etnocêntrica, assimilacionista e autoritária", não preocupada com o "respeito e valorização da tradição cultural" do povo em questão.

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