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26 de Set de 2013
Na semana passada foi realizada a primeira etapa da Oficina de Capacitação em cultivo de mudas e sistemas agroflorestais na Reserva Extrativista (Resex) do Cazumbá-Iracema. A ação, em parceria com o WWF-Brasil é parte das ações do Projeto Cabeceiras II e conta com o financiamento da Fundação Moore. A oficina foi idealizada a partir de demanda levantada no início do ano pela própria comunidade, partindo principalmente do grupo de jovens que deseja reflorestar e recuperar áreas próximas à localidade do Núcleo do Cazumbá. O viveiro servirá como piloto para capacitação de moradores e aprendizado para futura replicação do projeto, com a implementação de novos viveiros em outras comunidades da resex.
No planejamento do viveiro, um ponto fundamental foi trabalhado: o da autonomia e máxima independência de produtos externos, tanto na implementação quanto na manutenção do mesmo. Para isso, algumas ideias já foram colocadas em prática como o reaproveitamento de madeiras e pregos, a cobertura de palha, o uso de bambus em substituição aos tubetes de plástico e o reaproveitamento de sacos plásticos e garrafas pet, para confecção das mudas. O viveiro também possibilitará trabalhar o aproveitamento dos resíduos orgânicos que serão utilizados como adubo após passarem pelo processo de compostagem.
Os participantes da oficina também serão capacitados para implementarem sistemas agroflorestais em suas comunidades, visando a recuperação de áreas degradadas e a produção de alimentos com técnicas sustentáveis, sem uso do fogo. Com isso, existe a expectativa de minimizar a pressão para abertura de novas áreas e a diminuição dos focos de calor e consequentemente, dos riscos de incêndios florestais dentro da unidade de conservação.
A capacitação vem sendo realizada pela Ekoar Consultoria, empresa que venceu o Edital de Assistência Técnica Sustentável do INCRA e que trabalhará com as comunidades da reserva extrativista pelos próximos 30 meses. Com esse novo contrato, com início previsto para 2014, será possível realizar a capacitação e implementação de sistemas agroflorestais em outras localidades da unidade de conservação, abrangendo assim a totalidade de famílias da reserva.
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