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Reserva indígena e quilombo de Lauro de Freitas recebem o projeto Intercambiando Saberes

A tarde http://atarde.uol.com.br/
15 de Ago de 2018

Estudantes de escolas municipais e comunidades de Lauro de Freitas estão tendo a oportunidade de troca de conhecimentos com mulheres francesas, em uma experiência internacional por meio do projeto Intercambiando Saberes. A ação, que prossegue até sexta-feira (17), é realizada através de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e o Femmes Dans Le Monde Institute. Dentre as atividades de arte e educação que estão sendo promovidas, destaque para os diálogos sobre violências de gênero e raciais.

A francesa Kadjidia Ducouré, diretora do grupo francês Esperanto Montreuil, fala sobre a proposta do projeto. "Nosso trabalho visa combater a violência contra a mulher através da troca de saberes. Percebemos que aqui, na Bahia, a cultura da violência ainda está muito enraizada pelo machismo e sexismo. O que construímos com essas atividades são forças e informações para enfrentar essa violência, e principalmente, incentivamos os jovens a abraçarem essa luta", pontua.

O grupo de Montreuil (França), por exemplo, participou da oficina "O índio que habita em nós", na reserva indígena Thá-Fene e também compartilharam conhecimentos no quilombo do Quingoma, onde, no diálogo com a comunidade, foi discutida a importância do território para o quilombo e a violência externa social que atinge as mulheres. Na oportunidade, o grupo conheceu um pouco da história e cultura da reserva Thá-Fene, assistiu a tradicional dança do Toré e experimentou a arte da pintura indígena.

A diretora pedagógica da reserva, Débora Fontes, destaca que aprender, ensinar e trocar são palavras-chave da reserva. "Somos um núcleo de resistência e representamos 1% da população. Nosso objetivo é fazer com que outros países vejam como estamos vivendo e como a manutenção da nossa cultura é importante. Além dos ensinamentos que preservamos e que contribuem na educação, também apresentamos nossas atividades culturais que, com a troca de saberes desse projeto, fortalece a luta do combate ao feminicídio", considera.

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