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Reserva Biológica do Atol das Rocas ganha nova base para pesquisas

ICMBio - www.icmbio.gov.br
15 de Mai de 2009

A Reserva Biológica do Atol das Rocas acaba de ganhar uma nova estação científica que será base para o trabalho de fiscalização, preservação e pesquisa realizado nos 360 km² de estrutura de recifes e águas do seu entorno. Administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, a unidade de conservação federal tem extrema importância ecológica por sua alta produtividade biológica e por ser zona de abrigo, alimentação e reprodução de diversas espécies animais.

Criado há exatos 30 anos e localizado a 260 km de Natal (RN), o Atol, que fica próximo ao Arquipélago de Fernando de Noronha, é o único do Atlântico Sul. Para pesquisadores e analistas da UC, a instalação da estação veio em boa hora e será determinante para dar continuidade ao trabalho de preservação da região. Atualmente, cerca de 19 grupos de pesquisas atuam na área protegida, bem como servidores do ICMBio e voluntários que lutam para conservar o santuário ecológico.

A construção da nova estação foi possível graças a um acordo de cooperação entre o Instituto Chico Mendes e a Fundação SOS Mata Atlântica, que gerencia o Fundo Amigos do Atol. O fundo administra doações e investe os recursos na manutenção da reserva.

De acordo com o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, a base representa um aumento significativo na área de abrigo da unidade, que tem condições inóspitas. "Por ser um local isolado, ela é fundamental para a boa distribuição das áreas de alimentação, dormitório e laboratório", lembra o presidente que, no início do mês, foi pessoalmente conferir as instalações acompanhado do diretor de unidades de conservação de proteção integral da autarquia, Ricardo Soavinski.

A cooperação entre o Instituto Chico Mendes e a Fundação SOS Mata Atlântica, ainda segundo Mello, definiu parâmetros para um programa de apoio à gestão de unidades de conservação marinhas e costeiras. "Essa parceria é importante. Já estão em negociações vários acordos e fundos para beneficiar outras unidades de conservação federais. É o caso da Estação Ecológica da Guanabara e Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, que aguarda apenas a publicação do acordo no Diário Oficial, e do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos", adiantou Rômulo.

O projeto e a instalação da nova estação científica foram coordenados pelo Laboratório de Planejamento e Projetos da Universidade Federal do Espírito Santo, chefiado pela professora Cristina de Alvarez, que idealizou também a base de pesquisas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo e pela Base Almirante Ferraz, na Antártica.

O Atol das Rocas é uma unidade importantíssima para a vida marinha no Oceano Atlântico. Suas águas servem de berçário para diversas espécies, como tartarugas, meros, tubarões lixa, lagostas pintadas e arraias manta, animais ameaçados de extinção. "Essa fauna se reproduz ali e, pelas correntes, vai realimentar pesqueiros distantes", explica Maurizélia Brito, chefe da Rebio. "Rocas, juntamente com o Arquipélago de Fernando de Noronha, também é vital para a reprodução de aves marinhas no Brasil. Temos a maior colônia do Brasil, tanto em diversidade como em número de indivíduos", enfatiza a responsável pelo santuário.

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