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Reinauguração com show indígena

A Crítica-Manaus-AM
11 de Dez de 2001

A Central de Artesanato Branco e Silva será reinaugurada hoje, às 10h, abrindo espaço para a cultura indígena. Durante três dias, cerca de cem índios de dez etnias estarão apresentando as mais variadas manifestações culturais na 1ª Feira Cultural Indígena, que será realizada nas dependências da Central. Estão programadas apresentações de rituais, canto, dança, pintura e muito artesanato indígena, que foi trazido das tribos pelos participantes para serem comercializados na feira.

Na avaliação do presidente da Fundação Estadual de Política Indigenista do Amazonas (Fepi), o antropólogo Ademir Ramos, a abertura de um espaço para as comunidades indígenas exporem sua produção artística é um avanço na questão da afirmação cultural dos índios. "Um dos pontos da declaração de princípios firmada entre os povos indígenas e o Governo do Estado foi justamente a ampliação dos espaços governamentais em benefício da qualidade de vida das comunidades. Na Central de Artesanatos, os índios poderão expor sua produção e agregar valores, garantindo sua sustentabilidade", comentou.

Ademir informou que a Fepi está negociando com a Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrab) um espaço fixo onde os artesãos indígenas possam colocar seus produtos à venda durante o ano inteiro. "Seria uma área aberta nas dependências da Central", adiantou o antropólogo, ressaltando que a Associação das Mulheres do Alto Rio Negro (Amarn) já tem um boxe garantido no local.

Para o escritor dessana Luis Lana, a Central é uma ótima opção para os índios que trabalham com artesanato. Ele informou que seu livro "Antes o mundo não existia", que conta a criação do mundo na concepção de sua tribo, estará sendo vendido no local.

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