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Autor: G1 MA
25 de Nov de 2018
Região da Liberdade pode se tornar primeiro quilombo urbano de São Luís
25/11/2018 16h20
Por G1 MA - São Luís
Certificação da Fundação Cultural Palmares ajuda a garantir programas sociais voltados para a população negra.
Bairro da Liberdade pode se tornar primeiro quilombo urbano de São Luís
A Liberdade e a região em torno do bairro podem se tornar o primeiro quilombo urbano de São Luís. Nesta sexta-feira (23), uma audiência pública foi realizada na Câmara Municipal de São Luís como parte do processo para receber a certificação da Fundação Cultural Palmares, entidade ligada ao Ministério da Cultura.
"Esse trabalho todo faz parte de um conjunto de documentos que estão sendo enviados para a Fundação Cultural Palmares, que é um órgão competente para fazer essa certificação de quilombo urbano", declarou o Secretário de Estado da Igualdade Racial, Gerson Pinheiro.
Um estudo feito por dois anos pela pesquisadora da UEMA, Ana Valéria Lucena, sustenta a classificação de quilombo urbano. Segundo ela, a origem, modo de vida, organização comunitária e religião são compartilhados de forma única nesse tipo de território.
"A Liberdade, a Camboa e a Fé em Deus configuram um quilombo urbano pelo fato de serem oriundos de comunidades quilombolas e, sobretudo, a forma como eles foram se organizando naquele espaço", afirmou Ana Valéria, pesquisadora mestre em cartografia social e política da Universidade Estadual do Maranhão.
O reconhecimento de quilombo urbano dá direito ao território pleitear políticas públicas específicas junto ao Governo Federal para a população. Lideranças, grupos culturais e movimentos sociais têm esperado por essa certificação.
"Quando a gente ganha essa certificação da Fundação Cultural Palmares, nós estamos falando de um programa de estado, o programa Brasil Quilombola, que triplica todos os benéfices sociais do CadÚnico. Nós estamos falando em melhorar a qualidade de vida minimamente de 50 mil habitantes desse território que, de acordo com a Secretaria de Cidades, é de 160 mil pessoas", afirmou Maykon Lopes, presidente do Centro de Integração Sócio-Cultural Aprendiz do Futuro.
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