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19 de Out de 2010
O Espaço do Conhecimento faz um reconhecimento da arquitetura milenar dos povos xinguanos, presentes em Mato Grosso há mais de mil anos, segundo pesquisas arqueológicas. O idealizador do projeto da edificação, arquiteto José Afonso Portocarrero passou três anos estudando as tecnologias empregadas pelos índios do Xingu na construção de suas casas.
"Ao longo do tempo, a arquitetura ancestral foi sofrendo mutações e por fim chegaram a um sistema que garante conforto térmico e privacidade. Observamos que o uso de palhas nas ocas permite manter o ar fresco dentro da casa e impede a entrada de calor", comenta. Outro objetivo do projeto foi fazer uma interferência urbana indígena, trazendo para a cidade a arquitetura e a tecnologia dos povos xinguanos e ao mesmo tempo garantindo a manutenção de sua cultura. "Hoje existem índios que já não sabem mais como construir essas casas, por isso é preciso fazer o resgate de uma cultura que corre o risco de se perder no tempo",diz.
José Afonso já desenvolveu outros projetos utilizando a arquitetura indígena, como a sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), construída no campus da UFMT em 1992. Atualmente, é chefe do Departamento de Arquitetura da UFMT e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Tecnologias Indígenas.
No dia 28, ele lança no Espaço Sebrae de Conhecimento o livro Tecnologia Indígena em Mato Grosso Habitação, da editora Entrelinhas. (JS)
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