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Recomeçam obras da Eclusa do Lajeado

Folha Popular-Palmas-TO
08 de Fev de 2002

A construção da Eclusa do Lajeado está sendo reiniciada. A obra vai custar R$ 334 milhões, gerar 2.500 empregos diretos imediatos e permitir a transposição do rio Tocantins junto à barragem da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, viabilizando de maneira definitiva o transporte navegável entre a cidade de Peixe, na região sul, e Aguiarnópolis, no extremo norte, numa extensão de 720 quilômetros.As obras serão realizadas em 30 meses, através do consórcio construtor formado pelas empresas Odebrecht, Andrade Gutierrez e Alstom.

O custo inicial, previsto em novembro de 2000, deve ser corrigido e chegar a R$ 430 milhões no final dos serviços, em 2004. O contrato, assinado pelo Ministério dos Transportes, foi incluído como projeto estratégico do Programa Avança Brasil do Governo Federal.A Eclusa do Lajeado será construída na margem direita do rio Tocantins, junto à barragem da hidrelétrica. Ela funcionará com uma câmara do tipo estrutural com comprimento útil de 210 metros e 25 metros de largura para receber as embarcações e mais um canal de navegação a montante, com dois quilômetros de extensão e 70 metros de largura. O engenheiro Ângelo Luiz Lodi é o encarregado das obras civis.

SOJA DE BARREIRAS
A expectativa da Secretaria de Transportes Aquaviários, órgão do Ministério dos Transportes, é de que com a Eclusa seja viabilizada definitivamente a hidrovia Araguaia-Tocantins, permitindo o transporte de grãos da região oeste da Bahia - Barreiras e Mimoso, principalmente - e do sul do Piauí para o Porto de Itaqui, em São Luís, Maranhão, utilizando como via de escoamento o rio Tocantins.O engenheiro Carlos Mota Vilela, chefe do Núcleo de Operações da Ahitar (Administração das Hidrovias do Tocantins e Araguaia), argumenta que apenas a região de Barreiras, na divisa da Bahia com o Tocantins, produz mais de 500 mil toneladas de grãos por ano, levando 90% por via rodoviária para o Porto de Paranaguá, no Paraná, a um custo tão alto que compromete a lucratividade do produtor.

Com a Eclusa do Lajeado a situação, segundo ele, se modifica. "Já existem boas estradas asfaltadas entre Barreiras e a cidade de Peixe, no Tocantins. Nós achamos que é mais econômico levar a soja do oeste da Bahia para um porto fluvial que seria construído em Peixe e daí embarcá-la em comboios de chatas para Aguiarnópolis. De lá segue de trem até o Porto de Itaqui, no Maranhão. A remuneração do produtor será bem maior".

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