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Radialista diz ter sido agredido por índios em Japorã

Campo Grande News-Campo Grande-MS
Autor: Maristela Brunetto
14 de Jan de 2004

O radialista Luiz Augusto de Lyra, de Iguatemi, procurou a Polícia Federal em Naviraí na segunda-feira e relatou que naquele dia ficou por nove horas refém dos índios guarani-caiuá da Aldeia Porto Lindo, em Japorã. Ele relatou que neste período sofreu ameaças e agressões.
Conforme declarações do radialista feitas ao site Douradosagora, ele foi à região procurar um índio, conhecido apenas pelo primeiro nome, Rogério. Ele relatou que à medida que ia chegando à aldeia, conversava com os índios na estrada, perguntando por Rogério, e sentia o clima tenso e hostil.
Perto da missão, região da Porto Lindo, ele teria visto uma pick-up e foi informado que tratava-se de um fazendeiro retido, o que de fato ocorreu na segunda-feira.Lyra disse que teria sido confundido com pistoleiros. Ele contou que foi amarrado. "Mandaram eu rezar porque disseram que eu poderia morrer", afirmou. O radialista revelou que tentou fugir, se escondendo no mato por menos de uma hora. Ao ser encontrado, teria começado uma sessão de tortura. Segundo ele, os índios lhe cutucaram com lanças, bateram-lhe nas costas com facões e o fizeram dançar. A libertação ocorreu somente no final da tarde, com a chegada de equipe da Funai (Fundação Nacional do Índio).Ele disse que teve a carteira devolvida, mas R$ 30 teriam sido furtados. O carro, uma Panorama, ficou retido, segundo revelou.
O radialista disse que foi à aldeia encontrar o índio para quem tinha gravado um playback e disse que queria saber se o resultado do trabalho tinha agradado.

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