Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
05 de Jul de 2001
O ministro da Defesa, Geraldo Magela da Cruz Quintão, disse durante o encerramento do seminário sobre o Calha Norte que a intensificação do programa com relação à proteção da fronteira tem uma preocupação particular com o narcotráfico.
Na avaliação dele, a presença da força militar na região de fronteira é um dos melhores instrumentos de defesa para inibir qualquer ação ilícita vinda dos países vizinhos.
Na hora que se abre o poder de vigilância e controle, nós temos mais condições de inibir ações como as de narcotráfico. Quando se deixa abandonado, aí fica fácil de acontecer ações ilícitas", afirmou.
Segundo ele, o fato de fazer fronteira com vários países, só condiciona a região a ser favorável a existência de problemas das mais variada ordem, "o que de certa forma pode repercutir e afetar o Brasil".
"Não seria admissível ao Brasil que não cuidasse dessa extensão enorme de fronteira que tem a Amazônia. No âmbito das Forças Armadas estamos trabalhando para desenvolver o Calha Norte e instalar o projeto Sivam para trazer à Amazônia também uma proteção do espaço aéreo", continuou.
Segundo ele, além da questão estratégica de defesa das fronteiras, o programa tem como objetivo também fortalecer outra de suas vertentes, que é o desenvolvimento sustentável de toda a região que abrange o programa.
Para chegar a essa finalidade, deverá contar com o apoio dos prefeitos para firmar convênio com o objetivo de instalar postos de saúde e escolas. Ele disse ainda que Roraima em relação aos demais estados do Calha Norte é o que mais tem potencialidades de desenvolvimento.
Ao encerrar o evento, o ministro Geraldo Quintão afirmou que a realização deste seminário passará a ser o marco inicial "de uma nova era do Programa Calha Norte". "Pelos temas aqui debatidos e as discussões apresentadas que serão subsídios também para o plano de desenvolvimento econômico social, não tenho dúvida de uma nova era do programa", disse.
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